TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

domingo, 31 de julho de 2011

CHEIRODECRAVOECANELA: A LouCura de Todos Em CaDa Um.

" O Homem é uma corda entre o animal e o além-do-Homem" uma corda sobre o abismo. Perigo . Perigo de atravessar, perido de se pôr a camnho, perigo de olhar para trás, perigo de tremer e de ficar no lugar. O que há de grande no homem é que ele é uma ponte e não um fim: o que é digno de amor no homem é que ele é uma passagem (um passar) e uma queda (um sucumbir). Amo aqueles que não sabem viver a não ser como os que sucumbem, pois são os que atravessam" Nietzsche

O saBoR e a DeLícia de Ser o que É: O DESTINO

Falando sobre o destino, você acredita em destino? Que razões teríamos para acreditar que o nosso futuro já está determinado? Tentar identificar as crenças que estão por detrás da expressão:” Foi o destino! “. Que tipo de destino é esse? Criado para o ser humano ou pelo ser humano? Relato aqui o mito , que herdamos dos gregos e que foi assimilado pelos romanos sobre O DESTINO.

O Destino era uma divindade cega, inexorável, nascida da Noite e dos Caos. Todas as outras divindades estavam subordinadas a seu poder. Os céus, a terra, o mar e os infernos faziam parte do Império do Destino. O que ele resolvia era irrevogável. O Destino era por si mesmo essa fatalidade, segundo a qual tudo acontecia no mundo. Júpiter, o mais poderoso dos Deuses, não pôde aplacar o Destino, nem a favor dos outros deuses nem a favor dos homens.

As leis do Destino eram escritas, desde o principio da criação, num lugar em que os deuses pudessem consultá-las. Os ministros do Destino eram as três Parcas, encarregadas de executar suas ordens.

O Destino é representado assim: tem sob os pés o globo terrestre e agarra nas mãos a urna que encerra a sorte dos mortais. Dão-lhe também uma coroa recamada de estrelas e um cetro, símbolo de seu poder soberano. Para demonstrar que ele era inflexível, os antigos o representavam como uma roda que prende uma cadeia.

                                 Pe. Commenlin. “Destino” in Mitologia greco-romana, p.23

sábado, 30 de julho de 2011

Para FiLoSofAr : CoMidA dE ALmA - AmizAdE

                                                        "Dois e Dois são Quatro"

       Como dois e dois são quatro
    Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
E a liberdade pequena
Como teus olhos são claros
E a tua pele, morena

como é azul o oceano
E a lagoa, serena
Como um tempo de alegria
Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena

- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade pequena.

Ferreira Gullar

domingo, 24 de julho de 2011

CoR e SaBoR de ChoCoLaTe com PiMenTa: EsPiriTuaLiDaDe

  "Até que nem esóterico assim. Se eu sou algo incompreensível, meu Deus é mais. Mistério sempre há de pintar por aí. Gilberto Gil.

                                                           Espiritualidade e Nietzsche

Espiritualidade pode ser traduzida em atividade intelectual para o pensador alemão. Nietzsche diz que o Homem vai ter uma moral, com virtudes próximas aos cristianismo, como a compaixão, a justiça e a caridade. Mas essas virtudes não podem ser adquiridas: existem ou não no homem. Schopenhauer não estimula essa idéia, ele acredita que a virtude não se ensina. O gesto de compaixão pode acontecer, mas é exceção. Nietzsche, que tem grande influência de Shopenhauer em sua filosofia, diferencia-se deste ao ter uma visão mais afirmativa da vida. Enquanto para Schopenhauer a vida é sofrimento, dor e tédio e a única solução para isso é a cessação de todas as vontades, um caminho rumo ao nada. Nietzsche quer afirmar a vida apesar de todos os seus reveses. Dizer sim à vida, apesar da ausência de sentido. Nietzsche se contrapõe a Schopenhauer, que não vê uma saída para a existência do mundo tal como se apresenta. Por outro lado para Nietzsche, a compaixão é negativa é “ uma doença”, vê na compaixão e na religião cristã tudo o que deve ser banido. Ele afirma que, apesar de não haver consolos-sejam religiosos ou morais –é preciso afirmar a vida por ela mesma, mesmo sem nenhuma promessa de imortalidade e de um Deus justo. O cristianismo é, para ele, um falso consolo. Já em Schopenhauer, a vida é condenada por si mesma, porque é sofrimento. O negar da própria vida, visto como um traço pessimista da filosofia de Schopenhauer, não é um incentivo ao suicídio, mas uma negação da vontade em si mesma, um ascentismo. O asceta nega em si o querer viver, aceita uma vida mínima. Isso porque a vida em si é sofrimento, dor, ou , se não é desejo infinito, é o tédio. Um desejo uma vez satisfeito dá lugar a outro. Querer viver é um acúmulo de desejos incessantes e isso traz a dor. Schopenhauer foi quem introduziu o budismo e o pensamento indiano na metafísica alemã, combatia a visão cristã do mundo, faz uma análise profunda sobre a espiritualidade e como se livrar desse sofrimento de um mundo melancólico, e distingue dois meios. Um deles é amenização da dor por meio da arte, o que nos traz um alívio momentâneo. E a dor pode ser ultrapassada também por meio da contemplação, quando cessam todos os desejos. É nesta parte que irá aparecer um carinho especial pelo budismo e pelo hinduísmo, por terem a capacidade de libertar o individuo das vontades. A contemplação seria a suprema felicidade.



O SaBoR de FrUtAs e FLoRes SeCaS: A VeLhiCe

                                            A vida é só um sopro, só um vento e nada mais...



Na antiga Grécia, o corpo jovem e saudável era amado e venerado. Os gregos sempre estiveram voltados para o culto e preservação deste corpo, e a velhice foi tratada com desdém e foi motivo, muitas vezes, de pavor devido á perda dos prazeres obtidos através dos sentidos. Porém, alguns filósofos contribuíram para a diminuição do preconceito e da exclusão do ancião, além de introduzirem novos conceitos a respeito de como lidar com o envelhecimento. O filósofo que mais refletiu sobre a velhice foi Aristóteles, para quem uma boa velhice era aquela em que o ser humano não apresentasse enfermidades. Ele considerava os idosos reticentes, lentos, possuidores de mau-caráter, pois só imaginam o mal e são cheios de desconfiança.
Para o pensador, estas características são conseqüências de uma experiência de vida humilhante e que, devido a ela, os idosos são carentes de generosidade. Também criticava os anciãos por viverem mais de recordações do que de esperanças e desprezarem a opinião alheia. Na ética, onde se concentram seus escritos mais famosos, Aristóteles considera que o ser humano progride somente até os 50 anos e percebia os idosos como pessoas que não merecem confiança e por isso precisavam ser afastadas do poder , não devendo exercer cargos de importância política.
Já Platão, em A República, transmitindo ensinamentos de Sócrates, diz que para os seres humanos prudentes e bem preparados, a velhice não constitui peso algum. Defendia ainda que a velhice faça surgir nos seres humanos um imenso sentimento de paz e de libertação. Aos 80, quando escreveu Leis, enfatizou as obrigações dos filhos para com os pais idosos, e reforçou que nada é mais digno que pais e avós cheios de idade. Pensar, sobre a difícil lida da vida é um dos objetivos da sociedade contemporânea conduzindo o idoso a descobrir novas perspectivas e significados da vida diante do envelhecimento , façamos a nossa parte!



quinta-feira, 7 de julho de 2011

TeMpeRânÇas dA VidA: VenTos e VenTaniAs



Os ventos que ás vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado.   Pois tudo aquilo que é
realmente nosso,
nunca se vai para sempre...

Bob Marley

DoCe cOm CarinHo e AfeTo: CoMparTilhaR, coNviVer, Coexistir

Dizem que somos caminhantes nesse imenso universo, estamos juntos com todos os seres o que significa comprometimento, anelo que vão se construindo ao longo ou curto tempo de nossa existência. Parece que temos tempo determinado de circularmos por aqui,  talvez somos constantemente convidados a  sentir mais o toque do nosso coração, viver o instante, sermos mais acolhedores com todos os seres, desde uma borboleta , as estrelas e aquele humano  que constantemente bate na nossa porta. Não se pode negar que a natureza, seja ela ministrada por Deus ou governada pelos homens, fez-nos todos na mesma fôrma, para que entreconhecêssemos todos como companheiros, ou melhor, como irmãos. E, se fazendo a partilha dos presentes que ela nos oferece, concedeu-nos algumas vantagens para o corpo e o espírito, a uns mais que os outros provávelmente  queria fazer desse caminho um lugar fraternal . A mãe natureza deu-nos a todos a Terra inteira como morada, alojou-nos na mesma casa, imprimiu-nos todos do mesmo padrão, para que cada um pudesse mirar-se e quase reconhecer-se um nos outros. A mãe natureza nos deu o mimo da voz, da fala para convivermos e confraternizarmos mais, e através da declaração comum e mútua de nossos pensamentos, uma comunhão de nossas vontades, desejos; e se tratou por todos os meios de estreitar e apertar tão forte o nó de nossas alianças e sociedade; e em todas as coisas mostrou que não queria tanto fazer-nos todos unidos mas todos uns. Somos um todo, mas também somos metade e nos reiventamos com o todo. Assim, com dor, doce afeto e carinho fazemos o nosso caminho, compartilhando, convivendo, coexistindo manifestando formas amorosas de existir e ser.