Na antiga Grécia, o corpo jovem e saudável era amado e venerado. Os gregos sempre estiveram voltados para o culto e preservação deste corpo, e a velhice foi tratada com desdém e foi motivo, muitas vezes, de pavor devido á perda dos prazeres obtidos através dos sentidos. Porém, alguns filósofos contribuíram para a diminuição do preconceito e da exclusão do ancião, além de introduzirem novos conceitos a respeito de como lidar com o envelhecimento. O filósofo que mais refletiu sobre a velhice foi Aristóteles, para quem uma boa velhice era aquela em que o ser humano não apresentasse enfermidades. Ele considerava os idosos reticentes, lentos, possuidores de mau-caráter, pois só imaginam o mal e são cheios de desconfiança.
Para o pensador, estas características são conseqüências de uma experiência de vida humilhante e que, devido a ela, os idosos são carentes de generosidade. Também criticava os anciãos por viverem mais de recordações do que de esperanças e desprezarem a opinião alheia. Na ética, onde se concentram seus escritos mais famosos, Aristóteles considera que o ser humano progride somente até os 50 anos e percebia os idosos como pessoas que não merecem confiança e por isso precisavam ser afastadas do poder , não devendo exercer cargos de importância política.
Já Platão, em A República, transmitindo ensinamentos de Sócrates, diz que para os seres humanos prudentes e bem preparados, a velhice não constitui peso algum. Defendia ainda que a velhice faça surgir nos seres humanos um imenso sentimento de paz e de libertação. Aos 80, quando escreveu Leis, enfatizou as obrigações dos filhos para com os pais idosos, e reforçou que nada é mais digno que pais e avós cheios de idade. Pensar, sobre a difícil lida da vida é um dos objetivos da sociedade contemporânea conduzindo o idoso a descobrir novas perspectivas e significados da vida diante do envelhecimento , façamos a nossa parte!
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