Ócio criativo
O filósofo e artista Daniel Leandro Gonzáles acredita que geralmente o Ócio está ligado a idéia de vadiar. Mas tem pessoas que fazem do tempo livre, um tempo de vida, produtiva de todo tipo, que seria o ócio criativo “Sem disponibilidade de tempo, sem uma certa ociosidade, você não tem como criar: Não só para filosofar, mas descansar” opina, acrescentando que saber identificar que tipo de tempo livre temos é fundamental para analisarmos o que é de fato o ócio criativo e interessante.
Na literatura, o ócio também inspirou alguns autores. É o caso de Domenico De Mais e seus livros O Ócio Criativo e A Economia do Ócio, sendo que na segunda obra citada ele propõe um novo sistema de trabalho , no qual a jornada deveria ser reduzida de oito para quatro horas, “Se o assalariado comum trabalhasse bastante para todos, haveria bastante para todos, e não haveria o desemprego – supondo-se uma quantidade bastante modesta de bom senso organizacional” ( De Mais, 2001, p 56).
Gonzáles acredita que a realidade do De Masi é diferente, pois retrata um pais do Primeiro Mundo, diferente da nossa cultura. “No Brasil a remuneração é muito baixa, então você precisa trabalhar mais para sustentar a família. Uma coisa é você utilizar-se do trabalho para ganhar mais. Outra coisa é você ter que trabalhar mais para suprir as necessidades básicas”. Enfatiza completando que se essas necessidades não forem cumpridas, não existe a possibilidade de um bom ócio. O filosofo relembra ainda que o escravo grego não tinha ócio e sem o ócio você não tem tempo para arranjar soluções para o mundo atual. “Precisamos pensar em como solucionar os problemas, e hoje estamos perdendo essa condição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário