Como produzir sentido humanista ás nossas experiências no mundo da vida cotidiana? Como se entrelaçam essas experiências tornando-se uma tatuagem no corpo / mente? Como sabemos o que sabemos?
Passeando pelo Universo da Antropologia deparei-me com uma obra intitulada de Antropologia e Educação de Gilmar Rocha e Sandra Pereira e estou embriagada por ela, logo na entrada do livro ouço Carlos Rodrigues Brandão entrelaçando algumas palavras sobre cultura e educação e vale refletir caminhando com os meus olhos e ouvidos.
ALGUMAS PALAVRAS SOBRE A CULTURA E A EDUCAÇÃO
Não somos seres humanos porque somos racionais. Essa idéia proveniente dos Filósofos do passado e que até hoje com freqüência é lembrada para nos qualificar pode ser correta, mas não é a completa nem a melhor. Somos humanos porque ao contrário dos outros seres com que compartilhamos a experiência da vida do Planeta Terra somos seres que alçamos do sinal ao signo e dele ao símbolo, também somos seres que saltamos do mundo da natureza, de que ainda somos parte e do qual ainda dependemos bastante – para o mundo da cultura. “SOMOS SERES NATURAIS”, lembra Karl Marx, em alguns momentos, “mas somos naturalmente humano” completa ele. O que significa que sobre a natureza que nos é dada, construímo-nos a nós mesmos e aos nossos mundos. Por esse caminho nascemos um indíviduo biológico e nos tornamos – na medida em que somos socializados em uma cultura – pessoas sociais. Mas, não somos seres humanos apenas porque somos racionais ou simbólicos. Somos humanos porque somos seres”APRENDENTES” . nós sabemos e sentimos diferentemente dos animais nós sabemos o que sabemos, e nos sabemos sabendo( ou não sabendo); e nos sentimos sabendo e nos sabemos sentido. A relação entre a educação e a cultura é, portanto, mais do que apenas próxima. Ela é absolutamente íntima, interativa, inclusiva.
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