TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

sábado, 10 de março de 2012

Ao SaBor Do ErOTisMO


Ao Sabor do Erotismo
Foi assim... Na voz de Octavio Paz no seu livro: Mito e sexualidade. P. 184 –  119
.(...) na história do Ocidente, o amor sempre foi poder subversivo secreto: a grande heresia medieval, o dissolvente na moralidade burguesa. (...) Nos primeiros séculos de nossa era, os gnósticos tentaram erotizar a cristandade e malograram. Hoje, assistimos a um esforço contrário: a politização do erotismo. (...) Assim, através de um processo curioso, nossa era transforma a sexualidade em ideologia. Faz do prazer uma obrigação. Puritano ao avesso. A indústria muda o erotismo em negócio e a política o transforma em opinião. (...) A sexualidade é animal: é uma função animal, ao passo que o erotismo se desenrola dentro da sociedade. Aquela pertence ao reino da biologia, este ao da cultura. Sua essência é o imaginário: o erotismo representa uma metáfora da sexualidade. O erotismo não é sexo bruto, mas sexo transfigurado pela imaginação. (...) A derradeira consequência da rebelião erótica será o desaparecimento do erotismo e daquilo que foi a sua mais sublime e revolucionária invenção: a ideia do amor. Segundo Rubem Alves, não foi á toa que Adélia Prado disse que “erótica é a alma”. Enganam-se aqueles que pensam que erótico é o corpo. O corpo só é erótico pelos mundos que andam nele. A erótica não caminha segundo as direções da carne. Ela vive nos interstícios das palavras. Não existe amor que resista um corpo vazio de fantasias. Um corpo vazio de fantasias é um instrumento mudo, do qual não sai melodia alguma. Por isso, Nietzsche disse que só existe uma pergunta a ser feita quando se pretende casar: “Continuarei a ter prazer em conversar com esta pessoa daqui a 30 anos”?      

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