Para as pessoas tão lindas, das coisas mais lindas ainda...
Sei que estamos vivendo um longo processo de domesticação ou
talvez de bestificação mesmo; lento, fatídico, mortal. Para alguns seres viventes
isso é como uma luva, uma armadura de proteção, corpo dócil, perfeito! E tudo
parece ser normal, nem o nada é normal, banal. Desculpa ! mas estou ouvindo alguém dizer: assim caminha boa parte da humanidade com passos de formiga e sem vontade..
Entretanto, para
outros seres viventes esse momento é oportuno para se fazer “ Ser”,
voar...romper, viver do avesso, ir em direção ao contraindicado se vestir de
delírios poéticos. Delirar sentindo a loucura de todos em cada UM sendo
infinitamente e particularmente um errante, efêmero
Nessa manhã de domingo desejo que nesse processo de
domesticação, bestificação, a gente consiga preservar a capacidade de sonhar.
Pois, a utopia sempre deverá ser o templo de nossa liberdade, não sejamos
roídos pelas futilidades, tão mortal quanto a pior doença. Não desprezemos as
coisas desprezíveis, mas que elas nos sirvam para nos humanizarmos, finalmente
ver no outro o outro de si mesmo e repudiar tudo que for vazio de amor, o amor
com suas várias dimensões.
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