Durante a nossa existência encontramos pessoas com variados tipos de caráter, nos espantamos, decepcionamos, sofremos e nos indignamos. Muitos filósofos tomaram essas diversidades de caracteres como objeto de reflexão filosófica, Nietzsche foi um desses filósofos que investigava a alma humana se dedicando a analisar um dos grandes tormentos da alma: o ressentimento.
Assim, caminhando nesse universo humano pergunto: Quem de nós de certo modo já não foi afetado por esses afetos negativos? Como: raiva, ódio, inveja muitas vezes achamos por bem exteriorizá-los, talvez porque avaliamos que estamos errados ou talvez porque avaliamos as razões daquele que nos causou mal
Diante desse turbilhão de sentimentos que ora nos tira do chão nasce o ressentido e o ressentimento. Ambos caminham em silêncio, mas nem sempre é assim. Segundo Nietzsche, o silêncio daquele que foi usurpado pode degenerar em ressentimento, e a principal característica do ressentido é ruminar esse acontecimento e planejar, por longo período, uma vingança, o que ele chamou de vingança adiada. O interessante nessa relação é que se o ressentido não foi capaz de se defender no momento do incidente, também não será capaz de consumar a tua vingança, palavras de Nietzsche. No século XXI o nível de violência contra a mulher especificamente tem crescido e muitos frutos de vingança, ressentimento. Será que Nietzsche diria que é isso é uma vingança adiada?Entretanto, ele toma o ressentimento como característico dos escravos, ou seja, daqueles que não afirmavam sua vontade e o chama de covarde o ressentido, pois não consegue valer seus desejos, não luta pelos seus sonhos.
Nietzsche usa a expressão psicanalítica “covardia moral” para descrever a impotência daquele que ressente. Resta-nos a perguntar de onde viria essa impotência? Seria o ressentido filho preferido dos pais e exige do mundo a mesma coisa? Seria porque seus pais o preservaram dos desafios da vida? Talvez seja essa uma receita óbvia para o fracasso.
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