TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

sábado, 31 de dezembro de 2011

ArteS e SaboRes!!! FELIZ ANO NOVO


Bons dias!!! Meu coração não é meu, vou ali e já volto!
desejo que 2012 você lembre o que  disse OSHO :
"Sempre que houver alternativas tenha cuidado. Não opte pelo conveniente, pelo confortavel, pelo respeitável, pelo socialmente aceitável, pelo honroso.
Opte pelo que faz o seu coração vibrar. Opte pelo que gostaria de fazer, apesar de todas as consequências." Osho

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

TemPerAnÇa dA ViDa: AmAr

"SE QUERES AMAR ALGUÉM, COMECE POR TI.
A PARTE DISSO, DEIXE SER AMADA(O)

ChocOLaTe Com PimEnTa:: FELiCiDAdE


"Estar bem e feliz é uma questão de escolha e não de sorte ou mero acaso. É estar perto das pessoas que amamos que nos fazem bem e que nos querem bem. É saber evitar tudo aquilo que nos incomoda ou faz mal, não hesitando em usar o bom senso, a maturidade obtida com experiências passadas ou mesmo nossa sensibilidade para isso. É distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras. Evitar sentimentos corrosivos como o rancor, a raiva e as mágoas, que nos tiram noites de sono e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los. É valorizar as palavras verdadeiras e os sentimentos sinceros que a nós são destinados. E saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível, aqueles que dizem as coisas da boca para fora ou cujas palavras e caráter nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las."
                                                                                                                    Friedrich Nietzsche

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

domingo, 25 de dezembro de 2011

CHeiRo dE LuZ: Então é NaTaL!!!


Bons dias, poesia e filosofia!!
Meu coração é sincero,
 Sangra, vibra...

                   Vou te contar um segredo, 

           Ele é colado em mim.
 Há uma imensa harmonia intuitiva entre ele e eu!!
Sou menina mulher: Teimosa, curiosa, feliz!! generosa.

 Levada pelo vento dos desafios,

desconfio que fui feita de um pedaçinho do céu, de fagulhas divinas,

pois sinto uma surrealiza em mim.

Vejo buniteza em tudo, nas coisas visiveis e invisiveis,

sou amiga do vento, do tempo, das flores, rios, cachoeiras, do mar,

do céu, sol. Enfim , da natureza,  fonte inspiradora do cheiro, cor, som, sabor,

energia que engradeçe a cada manhã os nossos dias.

  Ás vezes não me deixo levar pelo meu coração quando preciso é,  e quando preciso não.

 Mas, hoje meu coração me disse que foi bom estar com vocês o ano inteiro!!!,

 compartilhando alegrias e saudades, poesia, filosofia , paz e felicidade!!

psiiuu!! podes crer, isso é amor... amor de verdade, amor de laços de amizades...Namastê!!!

domingo, 18 de dezembro de 2011

ChEirO de ALmA

"Descobri um jeito de olhar as coisas com mais boniteza com a chegada e a beleza
de cada manhã".




 


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CoR e SaBoR: PArA FilOsoFaR

ALéM dA ImAgInAçÃo

                                         Ulisses Tavares



Tem gente passando fome.

E não é fome que você imagina

Entre uma refeição e outra.

Tem gente sentindo frio.

E não é o frio que você imagina;

Entre o chuveiro e a toalha.

Tem gente muito doente.

E não é doença que você imagina.

Entre receita e a aspirina.

Tem gente sem esperança.

E não é o desalento que você imagina

Entre o pesadelo e o despertar.

Tem gente pelos cantos.

E não são os cantos que você imagina

Entre os passeios e a casa.

Tem gente pedindo ajuda.

E não é aquela que você imagina

Entre a escola e a novela

Tem gente que existe e parece imaginação.

FlorEScEncia Da ViDa: O Ócio CriaTivo

Ócio criativo

O filósofo e artista Daniel Leandro Gonzáles acredita que geralmente o Ócio está ligado a idéia de vadiar. Mas tem pessoas que fazem do tempo livre, um tempo de vida, produtiva de todo tipo, que seria o ócio criativo “Sem disponibilidade de tempo, sem uma certa ociosidade, você não tem como criar: Não só para filosofar, mas descansar” opina, acrescentando que saber identificar que tipo de tempo livre temos é fundamental para analisarmos o que é de fato o ócio criativo e interessante.

Na literatura, o ócio também inspirou alguns autores. É o caso de Domenico De Mais e seus livros O Ócio Criativo e A Economia do Ócio, sendo que na segunda obra citada ele propõe um novo sistema de trabalho , no qual a jornada deveria ser reduzida de oito para quatro horas, “Se o assalariado comum trabalhasse bastante para todos, haveria bastante para todos, e não haveria o desemprego – supondo-se uma quantidade bastante modesta de bom senso organizacional” ( De Mais, 2001, p 56).

Gonzáles acredita que a realidade do De Masi é diferente, pois retrata um pais do Primeiro Mundo, diferente da nossa cultura. “No Brasil a remuneração é muito baixa, então você precisa trabalhar mais para sustentar a família. Uma coisa é você utilizar-se do trabalho para ganhar mais. Outra coisa é você ter que trabalhar mais para suprir as necessidades básicas”. Enfatiza completando que se essas necessidades não forem cumpridas, não existe a possibilidade de um bom ócio. O filosofo relembra ainda que o escravo grego não tinha ócio e sem o ócio você não tem tempo para arranjar soluções para o mundo atual. “Precisamos pensar em como solucionar os problemas, e hoje estamos perdendo essa condição.










sábado, 3 de dezembro de 2011

Da DeliCaDeZA do TeMpO: O RetorNO

Ontem, quando a chuva fina sorria sobre o telhado a minha alma foi molhando de saudades... Senti que a noite passada você veio me ver, a noite passada  sonhei com você!
 Despertei!!! Abri os olhos dizendo : Se for para vir , que venha!! leve, solto como a brisa do vento e o cheiro das flores.  E,  Embriagada pela paz te digo



“Que todos os seres sejam felizes,


Estejam onde estiverem,


Sejam fracos ou fortes,


Altos, baixos ou medianos,


Pequenos ou grandes.


Que todos, sem exceção, sejam felizes.


Seres visíveis ou invisíveis,


Aqueles que moram perto ou longe.


Aqueles que nasceram


E aqueles que ainda estão por nascer.


Que todos os seres sejam felizes.”






(Prece extraída do texto sagrado Sutra, é recitado para despertar a compaixão por todos os seres.)

PArA FiloSofAR: AO Sabor do TEmPO

sábado, 26 de novembro de 2011

ChEiRo dE FeL e MeL: SoLiDÃo

CRaVo e EsCrAvO: QuEm é o SER HUMANO?



QUEM É O SER HUMANO?


Essa é uma indagação que muitos fazem, essencialmente as pessoas que vivem em constante busca de compreender-se e ser compreendido. Quem somos? Onde estamos? De onde viemos? Para onde vamos? O que é o mundo? Quem sou eu? Como viver bem? Por que existo? Por que estamos aqui, neste mundo? Para que viver? Qual o sentido da vida? Existe vida após a morte? Lembrar que o ser humano é um animal filosofante. Um se metafísico que durante sua vida não cansa de fazer perguntas, de buscar explicações e respostas para o sentido de seu ser no mundo e , também, suas angústias.
Ao longo da história, diferentes conceitos e definições, sobre o ser humano foram elaborados por inúmeros pensadores de diferentes áreas do conhecimento. Um animal racional e político, um ser falante. Um animal de duas patas sem penas. Um animal que pensa, julga, trabalha e cria.
Um ser religioso, que busca sentido em tudo o que faz. Um ser que joga, brinca e se diverte, para não enlouquecer. Um ser livre, que produz cultura e transforma o mundo e se transforma a partir de seus projetos. Uma paixão inútil; um projeto condenado ao fracasso.
Um ser para a morte; um projeto infinito ou não. Uma criatura que se recusa a ser o que é. Um ser que tem fome de pão e de beleza. Uma abertura para a transcendência...
Sapiens e demens...O homem é o lobo do homem; poético e prosaico; condicionado, mas não determinado; um ser histórico, que se relaciona com o mundo e com o infinito.
Mas, afinal quem é  o ser humano? É uma totalidade de sentidos, que não se deixa objetivar ou codificar por um conceito matemático. É um paradoxo, um ser ambivalente (bem e mal, lucidez e loucura, amor e ódio, imanência e transcendência), um processo em continuo desenvolvimento, possibilidade infinita, um desejo de sentido, um ser sempre insatisfeito que sempre quer mais; que não o realiza por completo. “Finalmente armada das palavras de Eric Fromm que diz “ o ser humano em cada ponto de sua vida, ele ainda não é o que pode ser e o que ainda pode vir a ser”; afinal, quem é o ser humano ?






O deSgoSto do GoSto: IncLUsão X ExcLuSão.




“Narciso acha feio o que não é espelho”

                               Caetano Veloso





Os mitos sempre fascinaram e continuam a exercer um encantamento sobre o homem. Retomar, ressignificar o mito de Narciso para observar, dialogar, refletir a minha vida cotidiana e profissional de uma longa experiência na educação especial; é poder trazer a tona o que ouvi,, vi, e experimentei, em vários momentos das práticas pedagógicas no espaço escolar e fora dele. Práticas que ora e outra se revelaram em incessante jogo de exclusão e inclusão, do mesmo, do belo e do feio.

A síndrome de Narciso é o retrato do preconceito, da exclusão, da incapacidade de reconhecer e conviver com o diferente, com o outro. Nessa perspectiva uma das pautas de discussão da modernidade é o pensar e repensar sobre o papel do ambiente sócio-econômico – cultural em relação ao diferente. Portanto, é necessário refletir sobre o “outro” no sentido da alteridade.

Narciso com seu ego hipertrofiado trata o diferente com indiferença. Quantos Narcisos há em nosso meio? Ensinando e não aprendendo com os diferentes apropriando –se da indiferença? Excluindo e não incluindo? Reproduzindo o mesmo? Quantos Narcisos limitando a vida humana tomando como referência o princípio do que seja normal ou patológico?

Imprimo aqui sonhos, desejos, as histórias, os conflitos ecoando na voz e vez do diferente, “o outro “e  ao pensar sobre esta questão lanço minha inquietação: É possível a inclusão num modelo de sociedade excludente? Este é o desafio.

domingo, 20 de novembro de 2011

TemperAnçA do SER: SaBor E foRma

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.



                                                                                    Charles Chaplin

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

FiLOsoFiA OciDenTal: ReiKI

O que é Reiki

REIKI é uma técnica de cura pelo toque das mãos. A palavra Reiki é de origem japosena e pode ser traduzida como: Energia Universal Vital e está presente em tudo que tem vida.
REI - Energia Universal e refere-se a parte espiritual, à essência energética cósmica que está presente em todas as coisas e em todos os lugares.
KI - é a Energia Vital individual, que flui em todos os seres vivos. Quando essa energia KI sai do corpo, ele deixa de ter vida. Conforme os princípios da medicina Chinesa o nosso QI é adquirido da Essência pré-celestial que se origina dos pais, em união com a Essência pós-celestial que vem dos alimentos e que é processado pelo nosso Estômago e depois transformado em QI pelo Baço que vai para os pulmões que se mistura com o ar que respiramos e depois se encaminha para o coração, onde é transforsmado em sangue.

OS PRINCÍPIOS DE REIKI

APENAS POR HOJE- NÃO SE IRRITE;
VIVA CONSCIENTEMENTE O MOMENTO;
SEJA GRATO PELAS INÚMERAS BENÇÃO RECEBIDAS;
GANHE A VIDA HONESTAMENTE;
SEJA GRATO A TODOS OS SERES VIVO.

Sou reikiana, reiki não tem dogmas, não é religião, mas é um método científico completo para a autocura para manter a saúde e seu sentido de bem estar físico, emocional, mental e espiritual. Sou apenas um canal de energia.

FrutOs e FloReS SeCaS: Os NinGuÉns



Não posso afirmar nada, mas posso questionar tudo, por essas e tantas razões trago essa reflexão com a intenção de provocar o que o filósofo Thomas Hobbes dizia:”O homem é o lobo do homem”  bem como as palavras de Rousseau: o poder, a desigualdade surge a partir do momento que o homem fez um cercado é disse –“ isso é meu.”

Os ninguéns

As pulgas sonham em comprar um cão,

E os ninguéns com deixar a pobreza, que em algum dia mágico a sorte chove de repente,

Que chova a boa sorte a cântaros, mas a boa sorte não chove ontem, nem hoje, nem amanhã,

Nem nunca, nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte, por mais que os ninguéns a chamem mesmo que a mão esquerda coce , ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura.

Os ninguéns: os filhos de ninguém, os donos de nada.

Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fudidos e mal pagos:

Que não são, embora sejam,

Que não falam idiomas, falam dialetos;

Que não praticam religiões praticam superstições,

Que não fazem arte faz artesanato,

Que não são seres humanos, são recursos humanos,

Que não tem cultura tem folclore,

Que não tem cara têm braços;

Que não tem nome têm número;

Que não aparecem na história universal aparecem nas páginas policiais da imprensa local.

Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.

Autor desconhecido by Rosinha Flô

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

FLoR do QueReR: ExiStÊncCia

Os 10 mandamentos de Osho
Em 1970 perguntaram a Osho pelos seus dez mandamentos.

Esta foi sua resposta:

Você pergunta pelos meus dez mandamentos. Isso é muito difícil, porque eu sou contra qualquer tipo de mandamento. Todavia, só pela brincadeira, eu estabeleço o que se segue:

1 - Não obedeça a ordens, exceto àquelas que venham de dentro.

2 - O único Deus é a própria vida.

3 - A verdade está dentro, não a procure em nenhum outro lugar.

4 - O amor é a oração.

5 - O vazio é a porta para a verdade, é o meio, o fim e a realização.

6 - A vida é aqui e agora.

7 - Viva completamente acordado.

8 - Não nade, flutue.

9 - Morra a cada momento para que você possa se renovar a cada momento.

10 - Pare de buscar. O que é, é: pare e veja.



terça-feira, 8 de novembro de 2011

ManJar doS DeUSeS: AoS MesTres com CaRinHo


Ao mestre Paulo Freire,


Sei que vivemos em contextos diferentes, bem sei também o que nos aproximou são as inquietações da existência humana e posso dizer com certeza que foram essas inquietações que me mantiveram vivo, embora para muitos já estava morto pela loucura. Você mestre com sua candura no seu modo de dizer, eu.... eu... Com as minhas eternas loucuras.
Fui chamado de grande “desmascarador” de todos os preconceitos e ilusão do gênero humano aquele que ousou olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceitos, por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos. Procurei arrancar e rasgar as mais idolatradas máscaras.Sabe aquela história: o rei esta nu? a máscara caiu. Muitos perguntaram que máscaras são essas? Você sabe mestre de que máscara falava naquele tempo, e você sorri porque temos a nossa também, sabe que elas tornam inevitáveis pela própria vida, que é explosão de forças desordenadas e violentas, e por isso, é sempre incerteza e perigo. A vida só se pode conservar e manter-se através de imbricações incessantes entre os seres vivos, através da luta entre vencidos que gostariam de sair vencedores e vencedores que podem a cada instante ser vencidos e por vezes já se consideram como tais. Neste sentido a vida é vontade de poder ou de domínio. Penso que ficou espantado, não é? Ah! Sei você já pensou nisso também? Então, talvez seja por isso que o mestre falava que a educação é um ato político, e lança o desafio aos educadores que imbuídos de prática educativa progressista possam ser convencidos que o seu trabalho é uma especificidade humana e que jamais deixem de lutar politicamente por seus direitos e pelo respeito à dignidade de sua tarefa e dos seus educando.
Bem sabes mestre que Vontade essa que falo não conhece pausas, e por isso está sempre criando novas máscaras para se esconder do apelo constante e sempre renovado da vida; pois, penso que a vida é tudo e tudo se esvai diante da vida humana. Porém as máscaras, tornam a vida mais suportável, ao mesmo tempo em que a deformam, mortificando-a à base de cicuta e, finalmente, ameaçam destruí-la...Vi que o mundo não é ordem e racionalidade, mas desordem e irracionalidade. Meu princípio filosófico não era Deus e razão, mas a vida que atua sem objetivo definido, ao acaso, desculpe mestre, mas é o que pensava , e por isso se dissolve e transformar em um constante devir e única e verdadeira realidade sem máscaras, é a vida humana tomada e corroborada pela vivência do instante.  Nós distanciamos aqui não é mestre?



                                                                                        Atenciosamente, Nietzsche




FrEscO e ReFrEsco: LiBerTe-se!!!


compreendi, então, que a vida não é uma sonata que, para realizar a sua beleza, tem que ser tocada até o fim. Dei-me conta, ao contrário, que a vida é um álbum de mini sonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à eternidade. Um único momento de beleza e amor justifica a vida inteira". Rubem Alves.





TeMpeRanÇa De FeL nesse DocE: PáTria AmadA


EDUCAÇÃO É UM ATO POLÍTICO.


No tempo das incertezas: VERDE E AMARELO, AZUL E BRANCO!


Constantemente somos bombardeados via mídia demonstrando a vida como ela é, ou melhor, como ela tem sido construída, “reinventada” “mascarada” essencialmente da grande maioria da população excluída, essa com certeza não tem noção do que seja “PÁTRIA”. Talvez, seja até melhor não saber, pois os que sabem pouco fazem para ressignificá-la. A palavra Pátria vem (do latím "patris", terra paterna) indica a terra natal ou adotiva de um ser humano, que se sente ligado por vínculos afetivos, culturais, valores e história. O primeiro registro histórico da palavra "Pátria" tem a ver com o conceito de país do italiano paese, por sua vez originário do latim pagus, aldeia. Significa o sítio onde se vive, o local, ambiente ou espaço geográfico onde se insere a nossa vida.  Da mesma raiz, temos também a palavra paisagem. Se durante o regime militar o conceito de “patriotismo” e “pátria’ forá subvertido então,recorro ao despojado mundo da arte que faz uso do trágico e do belo indagando: Brasil mostra a tua cara quero ver quem paga pra gente ficar assim? Ideologia eu quero voltar a viver....eh!eh! vida de gado povo marcado, mas povo feliz...! A revolução não é a tomada de poder., sangrenta, talvez,seja transformaçao radical das pessoas e das estruturas,e não se esgota num instante, não se faz num momento mágico, nem por decreto, nem por sublevação, a revolução se constrói cotidianamente, em todos os espaços e tempos, onde valores de solidariedade possem ser cultivados. Onde a competição, o individualismo, o egoísmo, o autoritarismo e tudo que destrói a possibilidade de vida, possam ser combatidas” Paulo Freire”. A instituição chamada ‘ESCOLA PÚBLICA” é arena, palco de grandes heróis,de polissemias, contradições, aqui faço um diálago com o pensador Paulo Freire: “educação é um ato político” somos e temos que exercer o papel de educador social, fundada no díalogo, na problematização, no desvelamento da realidade, fazer da educação, uma prática social transformadora da realidade e, portanto, revolucionária.

Um mundo melhor é possível? Utópico? Mas, o que seria da vida se não fossem as utopias?somos vendedores de esperança enquanto educadores. Sabe-se que a origem histórica da escola, na antiguidade clásissica, era o lugar do “ócio” – aprendizado das artes do mando – para filhos da classe dominante e que, no sistema capitalista se fez para ser transformadora de mão-de-obra. A escola poderia se constituir no espaço de compreensão da vida, do funcionamento da sociedade e da apreensão e troca de todos os saberes práticos e teóricos necessários a uma vida humana digna. Como se estabeleceria a relação entre educação e trabalho ou entre trabalho e formação humana, numa sociedade onde a exploração, a opressão e todas as formas de discriminação tivessem sido banidas? Nesse mundo de incertezas os desencontros são muitos, a vida se esvai como um passo de mágica e VIVA A PÁTRIA AMADA! VIVA MADRASTA AMADA E IDOLÁTRADA!

domingo, 6 de novembro de 2011

SaBoReS e AroMas de Chá: Filosofando com ShAKespEare

                                   Um  dia você aprende… – Willian Shakespeare

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança ou proximidade. E começa aprender que beijos não são contratos, tampouco promessas de amor eterno. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto – e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, ao passo que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe: algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e, por isto, você precisa estar sempre disposto a pedoá-la.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva um certo tempo para construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que você, em um instante, pode fazer coisas das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer. Aprende que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as veremos; aprende que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que se pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Aprende que não importa até o ponto onde já chegamos, mas para onde estamos, de fato, indo – mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá.

Aprende que: ou você controla seus atos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados, ou analisados.

Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências de seus atos. Aprende que paciência requer muita persistência e prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, poderá ser uma das poucas que o ajudará a levantar-se. (…) Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que você possa consertá-lo. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua alma – ao invés de esperar eternamente que alguém lhe traga flores. E você aprende que, realmente, tudo pode suportar; que realmente é forte e que pode ir muito mais longe – mesmo após ter pensado não ser capaz. E que realmente a vida tem seu valor, e, você, o seu próprio e inquestionável valor perante a vida.



                                                                                            Willian Shakespeare



TeMpErOs da ALmA: FiLoSoFia OriEnTal



InsPirar, ExpirAR, InTuiR e ConTemPlar. NamasTê!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ao SaBor do Vento: VidA

Sei que nessas noites muitas palavras foram ditas e outras não tão bem ditas, talvez, mal ditas. Mas, sei também que a prosa é sempre boa, porque boa também é a vida, embora, haja muitas diferenças entre as vidas das pessoas. Sendo que para algumas: problemas, para outra solução e para poucos nem sempre complicação. E pensar que somos seres incompletos, e, é essa incompletude que nos direciona nesse mar da vida sempre em embusca do elo perdido. Isso talvez seja o sopro da existência pelo simples frescor da construção da nossa essência. Assim, não se pode negar que é com e na diversidade que vamos nos construindo, um com os outros, o outro em mim, eu no outro. Quando criança imaginava que era um pássaro que poderia voar sozinha, descobri que era um pássaro de asas quebradas, pois precisava do outro para ousar vôos e ainda preciso. Assim, entre o provisório e o perecível, o real e o irreal, bruxas, fadas fui descobrindo que a vida se faz e desfaz em um passo de mágica e logo fui me emputecendo porque descobri também que caminhamos em direção ao nada ( a morte) e para o nada. Mais pesadas ficaram as minhas inquietações foi quando aos poucos fui fazendo o caminho de volta e me espanto ao perceber o que dá sentido a vida é a morte, portanto, a morte que há tanto tempo é vista pela maioria das pessoas como algo tenebroso é dela que extraio a alegria do viver, ela me faz viver o” aqui e o agora” é nesse tempo que existo. É, nesse tempo que quero amar e ser amada, desejar e ser desejada, é nesse tempo que quero agradecer pela tua existência, porque só existo porque você existe, não há existência sem essa cumplicidade. No mais a vida é como gás, só um sopro, só um vento e nada mais ( Patu Fu ) e vivê-la intensamente é o nosso maior desafio dando sentido, significado a cada ser vivente desejando sempre que tenhamos alegria para saudar o dia e paz para receber a noite!! Assim me faço e assim me desfaço.






terça-feira, 1 de novembro de 2011

DoCe QuEreR: EspiriTuaLidAdE

FILOSOFIA ORIENTAL

“Não pense que espiritualidade está apenas em templos, igrejas e montanhas: ela está onde você está. A palavra espírito vem da nossa capacidade de inspirar e expirar. Se alguém me insulta e sou capaz de compreendê-lo, sem me deixar levar pela raiva, pela vingança ou pela tristeza, estou praticando a espiritualidade. O estresse, a pressa e o trânsito são ótimas oportunidades de prática espiritual. Ao perceber a tensão, já me coloco em outro patamar: inicio um processo de autoconhecimento, percebo o que impulsiona e o que me retrai. A vida urbana nos dá ótimas oportunidades para aprimorar a paciência, a tolerância, o respeito à vida, a sabedoria e a compaixão. Todos os seres são conectados. Faça o seu melhor, respira profundamente e seja gentil.” Monja Coen .


SabOr e CoR: O AmOr



FILOSOARTE: FILOSOFIA COM ARTE


O AMOR
Manoel de Barros

Fazer pessoas no frasco não é fácil. Mas seu eu estudar ciências eu faço.
Sendo que não é melhor do que fazer pessoas na cama
nem na rede
nem mesmo no jirau como os indios fazem.
(no jirau é coisa primitiva, eu sei,
mas é bastante proveitosa).
Para fazer pessoas ninguém ainda não inventou nada melhor que o amor.
Deus ajeitou isso para nós de presente.
De forma que não é aconselhável trocar o amor por vidro.




segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O goSTo Do DesGosTo: A sociedade da cegueira




FILOSOFANDO COM LEONARDO BOFF

A Sociedade Mundial da Cegueira




O poeta Affonso Romano de Sant'Ana e o prêmio Nobel de literatura, o portugues José Saramago, fizeram da cegueira tema para críticas severas à sociedade atual, assentada sobre uma visão reducionista da realidade. Mostraram que há muitos presumidos videntes que são cegos e poucos cegos que são videntes.
Hoje propala-se pomposamente que vivemos sob a sociedade do conhecimento, uma espécie de nova era das luzes. Efetivamente assim é. Conhecemos cada vez mais sobre cada vez menos. O conhecimento especializado colonizou todas as áreas do saber. O saber de um ano é maior que todo saber acumulado dos últimos 40 mil anos. Se por um lado isso traz inegáveis benefícios, por outro, nos faz ignorantes sobre tantas dimensões, colocando-nos escamas sobre os olhos e assim impedindo-nos de ver a totalidade.
O que está em jogo hoje é a totalidade do destino humano e o futuro da biosfera. Objetivamente estamos pavimentando uma estrada que nos poderá conduzir ao abismo. Por que este fato brutal não está sendo visto pela maioria dos especialistas nem dos chefes de Estado nem da grande mídia que pretende projetar os cenários possíveis do futuro? Simplesmente porque, majoritariamente, se encontram enclausurados em seus saberes específicos nos quais são muito competentes mas que, por isso mesmo, se fazem cegos para os gritantes problemas globais.
Quais dos grandes centros de análise mundial dos anos 60 previram a mudança climática dos anos 90? Que analistas econômicos com prêmio Nobel, anteviram a crise econômico-financeira que devastou os países centrais em 2008? Todos eram eminentes especialistas no seu campo limitado, mas idiotizados nas questões fundamentais. Geralmente é assim: só vemos o que entendemos. Como os especialistas entendem apenas a mínima parte que estudam, acabam vendo apenas esta mínima parte, ficando cegos para o todo. Mudar este tipo de saber cartesiano desmontaria hábitos científicos consagrados e toda uma visão de mundo.
É ilusória a independência dos territórios da física, da química, da biologia, da mecânica quântica e de outros. Todos os territórios e seus saberes são interdependentes, uma função do todo. Desta percepção nasceu a ciência do sistema Terra. Dela se derivou a teoria Gaia que não é tema da New Age mas resultado de minuciosa observação científica. Ela oferece a base para políticas globais de controle do aquecimento da Terra que, para sobreviver, tende a reduzir a biosfera e até o número dos organismos vivos, não excluidos os seres humanos.
Emblemática foi a COP-15 sobre as mudanças climáticas em Copenhague. Como a maioria na nossa cultura é refém do vezo da atomização dos saberes, o que predominou nos discursos dos chefes de Estado eram interesses parciais: taxas de carbono, níveis de aquecimento, cotas de investimento e outros dados parciais. A questão central era outra: que destino queremos para a totalidade que é a nossa Casa Comum? Que podemos fazer coletivamente para garantir as condições necessárias para Gaia continuar habitável por nós e por outros seres vivos?
Esses são problemas globais que transcendem nosso paradigma de conhecimento especializado. A vida não cabe numa fórmula, nem o cuidado numa equação de cálculo. Para captar esse todo precisa-se de uma leitura sistêmica junto com a razão cordial e compassiva, pois é esta razão que nos move à ação.
Temos que desenvolver urgentemente a capacidade de somar, de interagir, de religar, de repensar, de refazer o que foi desfeito e de inovar. Esse desafio se dirige a todos os especialistas para que se convençam de que a parte sem o todo não é parte. Da articulação de todos estes cacos de saber, redesenharemos o painel global da realidade a ser comprendida, amada e cuidada. Essa totalidade é o conteúdo principal da consciência planetária, esta sim, a era da luz maior que nos liberta da cegueira que nos aflige.

Leonardo Boff á autor de A nova era: a consciência planetária, Record (2007)









quinta-feira, 27 de outubro de 2011

GoTaS dE MeL e GenGibRe: QuAL o SenTidO dO SEr ?

Hoje a caminho de casa entre bicicletas, carros, motos, pessoas, meu pensamento divagava.  Lembrei da questão fundamental da Filosofia que não é o ser humano nem seu conhecimento, mas a pergunta sobre o ser, ou seja, sobre aquilo que possibilita a compreensão sobre todas as coisas. Pois é em relação ás coisas existentes que o sentido do ser se põe. Assim, a partir do pensamento de Heidegger, filósofo alemão do século 20, pode-se afirmar  o  que enche o ser humano de sentido é a curiosidade sobre o ser. Sendo assim, o que é o ser? Na definição mais clássica, “o ser se diz de muitas maneiras ou o ser é enquanto é” bem, sabemos que essas respostas não nos satisfazem, pois necessitamos de algo que não seja complexo demais nem vago ao extremo que nos coloque numa indefinição conceitual. E, só lembrando o que diz o poeta Mario Quintana: “ Por que prender a vida em conceitos e normas?” O Belo e o Feio...O Bem e o Mau...Dor e Prazer...Tudo afinal são formas e degraus do Ser”!

                                                 releitura de fragmentos da revista Filosofia feita por Rosinha Flô.




TeMpErOs e ErVas: ArOmA do Bem QueReR

terça-feira, 25 de outubro de 2011

CoR e SaBoR: FiLosOfiA da ViDa

Você nasce sem pedir e morre sem querer... Por isso, aproveite o Intervalo!!

VOCÊ VALE OURO PARA MIM!

Passados mais de ''40 anos'', eis o que aprendi:

O Tempo passa.

A vida acontece.

A distância separa.

As crianças crescem.

Os empregos vão e vêem.

O amor fica mais frouxo.

As pessoas não fazem

o que deveriam fazer.

O coração se rompe.

Os pais morrem.

Os colegas esquecem os favores.

As carreiras terminam.

Mas..... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto

tempo e quantos quilômetros estejam entre vocês.

Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade,

torcendo por você,intervindo a seu favor e esperando você de braços abertos;

abençoando sua vida!

Todos nós, quando iniciamos esta aventura chamada vida, não

sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante,

nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.

Moral da história: A amizade não se resume só em horas boas,

alegria e festa. Amigo é para todas as horas, boas ou ruins, tristes ou alegres.

autor desconhecido by Flor do cerrado.

sábado, 22 de outubro de 2011

TeMpErAnÇa do EXiSTir: O SaBor dA EssêNciA

ArOma dE FloReS, FoLHaS SecAs: SoLiDão

PrOSeAnDo  CoM  RUBEM ALVES SobRe SOLIDÃO

.Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.“ Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.
Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim:
“Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,que rio e danço e invento exclamações alegres
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.!“

Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não vêem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que “o inferno é o outro.“ Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia... Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele escreveu sobre a sua solidão:

“Ó solidão! Solidão, meu lar!... Tua voz – ela me fala com ternura e felicidade! Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas. Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham com pés saltitantes. Ali as palavras e os tempos poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar.“
E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas aconteceu que, “certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela casa – garrafa, prato, facão – era ele que os fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção (...) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que fosse mais bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu também o operário. (...) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia.“ Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: “As obras de arte são de uma solidão infinita.“ É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta. E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente descrita por Drummond:
“...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por onde erraria a verdadeira Cecília...“ Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações gregárias que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde ela estava irremediavelmente sozinha.
O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...

A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada ) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.