TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

FrutOs e FloReS SeCaS: Os NinGuÉns



Não posso afirmar nada, mas posso questionar tudo, por essas e tantas razões trago essa reflexão com a intenção de provocar o que o filósofo Thomas Hobbes dizia:”O homem é o lobo do homem”  bem como as palavras de Rousseau: o poder, a desigualdade surge a partir do momento que o homem fez um cercado é disse –“ isso é meu.”

Os ninguéns

As pulgas sonham em comprar um cão,

E os ninguéns com deixar a pobreza, que em algum dia mágico a sorte chove de repente,

Que chova a boa sorte a cântaros, mas a boa sorte não chove ontem, nem hoje, nem amanhã,

Nem nunca, nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte, por mais que os ninguéns a chamem mesmo que a mão esquerda coce , ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura.

Os ninguéns: os filhos de ninguém, os donos de nada.

Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fudidos e mal pagos:

Que não são, embora sejam,

Que não falam idiomas, falam dialetos;

Que não praticam religiões praticam superstições,

Que não fazem arte faz artesanato,

Que não são seres humanos, são recursos humanos,

Que não tem cultura tem folclore,

Que não tem cara têm braços;

Que não tem nome têm número;

Que não aparecem na história universal aparecem nas páginas policiais da imprensa local.

Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.

Autor desconhecido by Rosinha Flô

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