TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

terça-feira, 8 de novembro de 2011

ManJar doS DeUSeS: AoS MesTres com CaRinHo


Ao mestre Paulo Freire,


Sei que vivemos em contextos diferentes, bem sei também o que nos aproximou são as inquietações da existência humana e posso dizer com certeza que foram essas inquietações que me mantiveram vivo, embora para muitos já estava morto pela loucura. Você mestre com sua candura no seu modo de dizer, eu.... eu... Com as minhas eternas loucuras.
Fui chamado de grande “desmascarador” de todos os preconceitos e ilusão do gênero humano aquele que ousou olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceitos, por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos. Procurei arrancar e rasgar as mais idolatradas máscaras.Sabe aquela história: o rei esta nu? a máscara caiu. Muitos perguntaram que máscaras são essas? Você sabe mestre de que máscara falava naquele tempo, e você sorri porque temos a nossa também, sabe que elas tornam inevitáveis pela própria vida, que é explosão de forças desordenadas e violentas, e por isso, é sempre incerteza e perigo. A vida só se pode conservar e manter-se através de imbricações incessantes entre os seres vivos, através da luta entre vencidos que gostariam de sair vencedores e vencedores que podem a cada instante ser vencidos e por vezes já se consideram como tais. Neste sentido a vida é vontade de poder ou de domínio. Penso que ficou espantado, não é? Ah! Sei você já pensou nisso também? Então, talvez seja por isso que o mestre falava que a educação é um ato político, e lança o desafio aos educadores que imbuídos de prática educativa progressista possam ser convencidos que o seu trabalho é uma especificidade humana e que jamais deixem de lutar politicamente por seus direitos e pelo respeito à dignidade de sua tarefa e dos seus educando.
Bem sabes mestre que Vontade essa que falo não conhece pausas, e por isso está sempre criando novas máscaras para se esconder do apelo constante e sempre renovado da vida; pois, penso que a vida é tudo e tudo se esvai diante da vida humana. Porém as máscaras, tornam a vida mais suportável, ao mesmo tempo em que a deformam, mortificando-a à base de cicuta e, finalmente, ameaçam destruí-la...Vi que o mundo não é ordem e racionalidade, mas desordem e irracionalidade. Meu princípio filosófico não era Deus e razão, mas a vida que atua sem objetivo definido, ao acaso, desculpe mestre, mas é o que pensava , e por isso se dissolve e transformar em um constante devir e única e verdadeira realidade sem máscaras, é a vida humana tomada e corroborada pela vivência do instante.  Nós distanciamos aqui não é mestre?



                                                                                        Atenciosamente, Nietzsche




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