TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

sábado, 18 de fevereiro de 2012

DaS CoReS e SaBoReS : AMOR




Das coisas do coração, de coração para coração.

Segundo Erich Fromm, "O amor não é , primacialmente, uma relação para com uma pessoa específica; é uma atitude, uma orientação de caráter, que determina a relação de alguém para com o mundo como um todo, e não para com um"objeto" de amor. Se uma pessoa ama apenas a uma outra pessoa e é indeferente ao resto dos seus semelhantes, seu amor não é amor, mas um afeto simbíótico, ou um egoísmo ampliado. Contudo, a maioria cré que o amor é constituído pelo objeto e não pela faculdade. De fato, acredita-se mesmo que a prova da intensidade do amor está em não amar ninguém  além da pessoa "amada". Isso é um equivoco , pois, o fato de não se ver que o amor é uma atividade, uma forma, uma força da alma, acredita-se que tudo quanto é necessário encontrar é objeto certo - e tudo o mais irá depois por si. Tal atitude pode ser comparada à alguém que queira pintar mas, em vez de apresentar a arte, proclama que lhe basta esperar pelo objeto certo, passando pintá-lo belamente quando o encontrar. Se verdadeiramente amo alguém, então amo a todos, amo o mundo, amo a vi
da. Se posso dizer a outrem "Eu te amo", devo ser capaz de dizer: "Amo em ti a todos, através de ti amo o mundo, amo-me a mim mesmo em ti"
Dizer que o amor é uma orientação que se refere a todos e não a um não implica, entretanto, a ideia de que não haja diferenças entre vários tipos de amor, que dependem da especie de objeto que é amado.
Fromm ,
Erich. A arte de amar, Belo Horizonte: Itatiaia, 1980. p. 71-2



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