TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

domingo, 25 de março de 2012

DoCe de SaL : Nietzsche


O HOMEM QUE MATOU DEUS...
                    POR UMA VIDA ALÉM DO HORIZONTE...

Nessas tardes de sábados em pleno sol, ele, escancarado de pernas abertas sempre em posições eróticas... Com o corpo jogado no horizonte, quente, poético,  amarelo,  belo a nos esperar para mais um dia iniciar o  pensar...  E nós cá estamos contagiados por esse  erotismo solar viajando com a magia do cinema: História e cinema. E por falar nessa viagem que muito  me encanta... Independente do tempo e do espaço. O importante da significância  do meu ser  é que trago aqui  dois momentos  dessas viagens como se fossemos descobridores de sete mares, desbravadores do pensar, os filmes: “ Crime de paixão”,” Fonte de Donzela. É a partir desses dois  filmes  com o belo fio  de Ariadne nos conduzindo aos labirintos da IDADE MÉDIA ou idade medieval , recordo de avisá-los que talvez  o importante não é a chegada mas sim a travessia.
Já fazendo a travessia com o fio de Ariadne, os dois filmes tem como teias de implicações a questão da existência de Deus, a moral cristã perpassando a vida de uma sociedade, ou seja, o jeito de se fazer política. Essa visão teocêntrica de mundo ainda ecoa na sociedade, podemos ver o que parece não ser visto ou se vê sem olhar: política e religião lado a lado. E por alguns momentos me pego a perguntar se a história é cíclica ou linear ? Silencio.
De todas as barbáries que já se fez ou ainda faz em nome de Deus, pode ser que essa seja a menos cruel: O exercício de pensar sobre isso . Na segunda metade do século XIX, enojado com sociedade na qual vivia, Friedrich Nietzsche propõe o nascimento de um novo Homem. Nietzsche não se conformava com o que o homem havia feito consigo mesmo. Afinal, ele ( o homem) já não dançava, nem ria como deveria. Tinha medo de viver, de assumir a vida, aquilo que ele via e podia sentir.
Segundo Nietzsche séries de instituições foram criadas como forma de castrar o homem e o seu instinto criativo, transformando-o num ser que não acreditava em praticamente  em nada, ou seja, um niilista. Ou se acreditasse, o pensamento estaria longe, repousando num outro mundo, invisível, no além ( Terra x Céu)  E assim não dava para continuar. Podemos entender agora porque Nietzsche foi o amante da arte, especificamente do Teatro, bem como do seu codinome de O maior desmascarador de Máscaras. Além disso das vezes que dizia que a Vida é um palco, que nós representamos a todo tempo, usamos as nossas máscaras , teatralizamos a nossa existência.
( 1844-1900) Nietzsche descobriu o culpado, ou culpados, pela “morte” do homem e resolveu decretar a morte de Deus, e junto com ela a metafísica, doutrina filosófica que postula um conhecimento essencial para além da realidade. Ou seja, o sentido do mundo, do homem, da sociedade encontra sua razão de ser em algo que a transcende, que escapa à história, á ordem incerta do mundo.
Então, diante disso, propôs uma transvaloração dos valores. “É urgente, pois, suprimir o além e voltar-se para a terra: é premente entender que eterna é esta vida tal como vivemos aqui e agora. Nisto consiste o projeto Nietzschiano de trasnvaloração de todos os valores a partir de outras bases  explica a professora titular da Universidade de São Paulo (USP) Scarlatt Marton, no livro Nietzsche, a transvolaração dos valores – ed. Moderna)
Nietzsche, ao rever os valores morais ocidentais, ataca a moral cristã classificando- a como negação da vida, para ele  o homem subirá cada vez mais alto, desde que deixar de desaguar em um Deus. Deixo aqui essa reflexão como dizia Nietzsche “ Para Além do Bem e do Mal .
Bibliografia:
Chauí. Marilena. Convite à Filosofia / Sátiro, Angélica. Iniciação ao Filosofar


Nenhum comentário:

Postar um comentário