TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

terça-feira, 6 de julho de 2010

CoMinHoS e CaMinHos

A vida é um palco de representações, todos os dias um espetáculo novo, nesse jogo constante entre o bem e o mal. Usamos máscaras para melhor representar a nossa própria existência. Nietzsche vai dizer:”aquilo que não me destrói fortalece-me” , assim estamos sempre criando novas máscaras para se esconder do apelo constante e sempre renovado da vida, pois, para Nietzsche, a vida é tudo e tudo se esvai diante da vida humana. Porém, as máscaras segundo ele, tornam a vida mais suportável, ao mesmo tempo em que a deformam, mortificando-a à base de cicuta e, finalmente, ameaçam destruí-la.

Nesse sentido segundo Nietzsche a vida é vontade de poder ou de dominio .A vida só se pode conservar e manter-se através dessas incessantes relações entre os seres vivos, através da luta entre vencidos que gostariam de sair vencedores e vencedores que podem a cada instante ser vencidos e por vezes já se consideram como tais.

Nietzsche quis ser o grande “desmascarador” de todos os preconceitos e ilusões do gênero humano, aquele que ousa olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceitos, por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos.

Somos atores da nossa própria história, e o nosso palco é vasto, escola, igreja, familia, trabalho etc. e para melhor representarnos usamos diferentes máscaras, toda nossa representaçao tem como base a “linguaguem” aqui podemos nos apoderar de todas as formas de linguagens. Nessa perspectiva a linguagem é um dos nossos mais relevantes trabalhos na arte de representar. Pela linguagem agimos no mundo e nos identificamos como seres humanos, já que o dominio da linguagem que nos diferencia dos demais habitantes do planeta. Não foi em vão a sacada de Foucault ao teorizar as formas do discurso e analisá-la no campo político, social, econômico teve como inspiração os rastros de Nietzsche. Aliás, Platão já dizia: a linguagem é como poçao, cosmético, maquiagem que usamos para dissimular a própria vida, é remédio que pode refligerar nossa alma, mais é veneno quando quero oprimir o outro. Nietzsche procurou arrancar e rasgar as mais idolatradas máscaras. Mas, a questão é: que máscaras são essas? responde, então, que as máscaras se tornam inevitáveis pela própria vida, que é explosão de forças desordenadas e violentas, e por isso, é sempre incerteza e perigosa.

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