A vida é um palco de representações, todos os dias um espetáculo novo, nesse jogo constante entre o bem e o mal. Usamos máscaras para melhor representar a nossa própria existência. Nietzsche vai dizer:”aquilo que não me destrói fortalece-me” , assim estamos sempre criando novas máscaras para se esconder do apelo constante e sempre renovado da vida, pois, para Nietzsche, a vida é tudo e tudo se esvai diante da vida humana. Porém, as máscaras segundo ele, tornam a vida mais suportável, ao mesmo tempo em que a deformam, mortificando-a à base de cicuta e, finalmente, ameaçam destruí-la.
Nesse sentido segundo Nietzsche a vida é vontade de poder ou de dominio .A vida só se pode conservar e manter-se através dessas incessantes relações entre os seres vivos, através da luta entre vencidos que gostariam de sair vencedores e vencedores que podem a cada instante ser vencidos e por vezes já se consideram como tais.
Nietzsche quis ser o grande “desmascarador” de todos os preconceitos e ilusões do gênero humano, aquele que ousa olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceitos, por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos.
Somos atores da nossa própria história, e o nosso palco é vasto, escola, igreja, familia, trabalho etc. e para melhor representarnos usamos diferentes máscaras, toda nossa representaçao tem como base a “linguaguem” aqui podemos nos apoderar de todas as formas de linguagens. Nessa perspectiva a linguagem é um dos nossos mais relevantes trabalhos na arte de representar. Pela linguagem agimos no mundo e nos identificamos como seres humanos, já que o dominio da linguagem que nos diferencia dos demais habitantes do planeta. Não foi em vão a sacada de Foucault ao teorizar as formas do discurso e analisá-la no campo político, social, econômico teve como inspiração os rastros de Nietzsche. Aliás, Platão já dizia: a linguagem é como poçao, cosmético, maquiagem que usamos para dissimular a própria vida, é remédio que pode refligerar nossa alma, mais é veneno quando quero oprimir o outro. Nietzsche procurou arrancar e rasgar as mais idolatradas máscaras. Mas, a questão é: que máscaras são essas? responde, então, que as máscaras se tornam inevitáveis pela própria vida, que é explosão de forças desordenadas e violentas, e por isso, é sempre incerteza e perigosa.
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