TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

quarta-feira, 7 de julho de 2010

UM OLHAR SOBRE OUTRO OLHAR: VER NO UM OUTRO “ UM OUTRO DE SI MESMO”.



Quero derramar como chuuuáa... das mais belas cachoeiras que já vi fluídos da força vital da natureza embevecida pela crença do povo africano inspirando e exalando o cheiro da flor da vitória- régia ,visualizando as flores e cores dos ipês árvores que me consomem pela beleza e altivez. Trago estas reflexões sobre a filosofia existencialista para compartilhar com vocês e de certa forma nos encontrarmos no mundo.

Sinto-me como um pássaro preso na gaiola acorrentada por um sentimento que não sei por quê ? (Rô). Se Sartre estivesse aqui compreenderia este meu sentimento, pois este é o objeto da filosofia existencialista a condição problemática do homem como ser no mundo. Ela trata do homem concreto, que está sujeito á morte que se relaciona com os outros, vive e busca um sentido para a sua vida.

Sartre sutilmente nos impulsiona para aquilo que chamarei de uma luta cósmica entre o bem e o mal ( escolher) o estar face a face, “eu comigo mesma” sem anular o outro. Essa corrente filosófica exige que o indivíduo se conscientize de que sua existência se resume à busca e que ela só tem sentido só se fundamenta em virtude de sua natureza constitutiva limitada e instável. Essa visão do existencialismo elimina qualquer possibilidade de satisfação no final da procura, mas abre a possibilidade da conquista da realização pessoal. É a existência cotidiana, a seqüência das escolhas, que dá ao indivíduo sua realização pessoal, e não a espera de algo que venha acontecer no fim do processo. Para Sartre “ O homem nasce do homem,” portanto o empenho do indivíduo é fundamental para manter o vínculo existencial consigo mesmo e com os outros. Entretanto, a autêntica realização do ser se dá pela transcendência existencial, ou seja pela necessidade do indivíduo de ultrapassar as influências e as condicionantes impostas pela sociedade e passar a existir individualmente. Todavia, essa transcendência só se completa pela coexistência, pelo compartilhamento do mundo com o outro. No entanto, a existência não se basta a si mesma. É necessário transcendê-la por meio da coexistência. Então, existir não significa estar vivo é preciso coexistir, essa idéia de coexistência somos levados a assumir alguns outros aspectos fundamentais da condição humana: a solidariedade, que um dos alicerces da comunidade, o amor e a amizade, características propriamente humana da existência. Segundo Sartre a relação existencial revela-se como um elo de solidariedade que apóia o indivíduo na sua debilidade e na sua insuficiência e obriga a “render-se” ao outro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário