TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

domingo, 27 de março de 2011

DoCE dE AlgOdãO doCE - PaCiÊnCiA


Para Filosofar:

Paciência
     
Composição : Lenine e Dudu Falcão

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara
A vida é tão rara...
A vida é tão rara...

O doCe e o AmArgO: FanTaSia e ReaLidADe

Nietzsche já dizia que vivemos no mundo constantemente representando, somos atores e expectadores de uma peça sem limites entre a realidade e a fantasia. Realidade é o que vemos, experimentamos e a fantasia associamos ao nosso mundo exterior. Dentro do meu “EU” tem um “OUTRO”, um mundo interior e outro exterior, um real e outro fantasia. Mas, o que são esses dois mundos? Qual é o real? Existe algum que é irreal?

Platão recorre ao mito da caverna para explicar esses dois mundos, ele de forma lógica , racional e sistemática demonstra que a realidade não é aquilo que aparentemente percebemos através de nossos cinco sentidos ordinários , por serem muito limitados para a obtenção da sabedoria, mas sim através de percepções mais sensíveis, ela, a Verdade, se desvenda ante nossa realidade, tornando-se palpável e real.

Pois é, esses dois mundo são fundamentais para nos conferir o conhecimento das coisas da matéria, por meio dos cinco sentidos. Ajuda compreender o que nos cerca e seu devido objetivo no criado. O mundo interior é o mundo onde temos as nossas experiências com a dor, alegria, tristeza, com as emoções e pensamentos. Tudo o que acontece no mundo exterior, um ação – é um reflexo do mundo interior, ou seja antes de ser uma ação concreta do mundo das formas, essa foi antes um pensamento e uma emoção, até se criar de fato por um impulso, estes dois mundos estão sempre intimamente interligados.

terça-feira, 22 de março de 2011

O saBor do CarAmELo: A LEITURA

                                                       O MONSTRO MÁGICO


Todos os dias quando abrimos os olhos a vida se coloca à nossa frente, sem querer ou querendo começamos a tecer a nossa história. Sou eu quem a faço ou ela quem me faz? Não importa, o que importa é que vamos formando um enorme tapete. Tecendo aqui, tecendo lá.  Há dia sem cor , matizado, harmônico e há dia desequilibrado e assim vamos prosseguindo ! É a nossa história que se entrelaçam .
Assim, como se fosse um tapete vamos formando um repertório de histórias, então, se somos crianças queremos brinquedos, os bichos, outras crianças, guloseimas, fantasia, sorriso. E, quando jovem, queremos aventuras, desafios, ato heróico. Somos adultos, queremos tudo, mas parece que não podemos mais. Ah! chegamos a velhice queremos tudo de novo, de novo... e o tempo passou......
 Abra Cadabra! o príncipe virou sapo!  existem muitas maneiras de se chegar ao mundo,bem como, algumas maneiras de conhecer o mundo. Mas, não há como escapar. O mundo é uma grande história que se lê do amanhecer ao anoitecer. De olhos abertos, fechados, podemos perceber que cada um de nós fazemos parte desse grande livro.
Às vezes nos colocamos na história como personagem principal, às vezes como aquele personagem nem tão principal, mas que está sempre ao lado do “mocinho” que orgulhoso ficamos! Pois, é o nosso amigo inseparável ou quem sabe não era aquela princesa que na aula de matemática ficou sonhando com o príncipe que vai chegar qualquer dia para salva-la das garras da rotina.
Por outro lado, o melhor mesmo é ser bicho solto, bicho da goiaba, bicho de pé e sair por ai com comportamento humano, ou quem sabe apenas alguém que observa e sai vagando dando sentido ás coisas.
E,por falar em dar sentido as coisas esse exercício de juntar pedaços para construir o conhecimento do mundo, decifrando ,lendo , dialogando, duvidando, entendendo o outro é o que se chama leitura. Este monstro mágico que contagia, enfeitiça,encanta,  nos aproxima, nos distancia e depois nos aproxima novamente do mundo..
A palavra é sempre mágica nos transforma com som que produz, não somos o mesmo quando terminamos de ler um bom livro. Ler é sempre garantir mudança. Quando ouvimos era uma vez.....e foram felizes para sempre....,tudo termina aqui no papel , mas continua pela vida a fora.
Conto pra você, sendo criança, jovem, adolescente, adulto ou idoso, que Ler é um jeito de compreender o mundo e o outro. É dar significados, é atribuir sentidos a tudo que nos cerca. Ler  histórias, poesias para crianças, sempre, sempre... é poder sorrir, rir, gargalhar feito bicho solto com as situações vividas pelas personagens. É, também suscitar o imaginário, é ter curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar outras idéias para solucionar questões ou não.
É lendo que se abrem as possibilidades de descobrir o mundo imenso dos conflitos, impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos de um jeito ou de outro.
É pelas magias das histórias, poesias que se podem sentir, emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranqüilidade. A leitura é lazer, é divertimento, mas é também oportunidade para as crianças desenvolverem no sentido ético, estético e de formação.
É através das histórias, poesias, contos, lendas, crônicas que a criança projeta o seu próprio mundo,e ao representá-lo encontra maneiras de expressar o que sente, o que cria. Então, é possível crer que : “ A leitura do mundo prescede a leitura da palavra” Paulo Freire.
Era uma vez uma menino com o nome de Rubem Alves com olhar e o jeito de mocinho que fala como maritaca através dos livros que publicou e publica ,diz que ler pode ser fonte de alegria e de prazer. Ele é muito gozado, fala que ler é igual comer, tem cada uma. Veja só, há pratos refinados, que começam por dar prazer ao corpo e terminam por dar alegria à alma. E há gororoba, malcozida, empelotada, salgadas, engorduradas, que além de produzir vômito e diarréia no corpo produzem pertubações semelhantes na alma. Segundo ele assim também são os livros, e aconselha a sermos uns leitores cuidadosos antes de se entregar à leitura. Já havia pensado sobre isso?
E, pintando o sete, Rubem Alves como num passo de mágica murmura que “ler sem gostar é prova de doidice”, para ler é preciso fazer “parar o mundo”.Se o mundo que me é próprio não for “desligado”,não poderei entrar no mundo que se encontra no livro. Abro o livro. Desligo meu mundo. Começo a leitura. Entro no mundo que não é meu: é de outro.
Como entramos no mundo do outro? Desde a capa até o título. É, ler as imagens dentro e fora .Descobrir outra dimensão da palavra. Ler jornal, porque informa; ler quadrinhos porque diverte; ler poesia porque aponta sentido do belo;ler placas,sinais, bulas de remédios, porque nos orientam;ler filme porque é bom mesmo e tem movimento e tem cor, humor,romantismo e lugares desconhecidos e gente tão diferente. Ler uma música, porque tem movimento, som, dá paz.
E, ler um bom livro porque podemos voltar quantas vezes quisermos ler de novo, e sublinhar aquela frase marcante, e discutir com os amigos, e carregar para todo lugar, e ficar pensando, aumentando transferindo, criando, juntando.
Perceberam o quanto é importante a leitura na nossa vida? Aos poucos, estamos construindo o nosso mundo e conhecendo o mundo do outro, através desse monstro mágico chamada ” Leitura”



segunda-feira, 21 de março de 2011

PaRa FiloSofar: Os AlquiMistas

Laboratório do século XVIII

A ciência moderna tem suas origens  nos laboratórios dos alquimistas e nas observações dos astrológos, atividades hoje renegadas pelo saber oficial e acadêmico.

O DoCe FiLOsoFar de NieTzScHe

Nietzsche tece uma crítica à civilização ocidental, dizendo que ela educa os homens para desenvolverem apenas o instinto da tartaruga. O que ele quis dizer com isso? A tartaruga é o animal que diante do perigo, da surpresa, recolhe a cabeça para dentro de sua casca. Anula, assim, todos os seus sentidos e esconde, também na casca, os membros, tentando proteger-se contra o desconhecido, recolher-se para dentro de si mesma e, em conseqüência, nada ver, nada sentir, nada ameaçar.

Formar boas tartarugas parece ter sido o objetivo dos processos educativos e políticos de educação , bem como da família desse século,. O sistema educacional e a família têm ensinado o espírito da covardia e do medo. Temos criado nesse país, uma geração de tartaruga, uma geração medrosa, recolhida para dentro de si. Os jovens têm agido somente de maneira reativa, negativa, covarde. Muitas famílias com insana concepção de amor, por amor, pelo amor acabam reforçando ou legitimando o perfil de um jovem incompetente ao lidar com as coisas do mundo. Assim, o que é mais rico no indivíduo, que é a sua sensibilidade – sua capacidade de amar e de odiar, sua capacidade de se relacionar de maneira erótica com o mundo – tem sido desprezada. Esse é um grande desafio para as famílias e educadores, o que desejamos, afinal, desenvolver em nós mesmos e nos jovens? o instinto de tartaruga ou espírito das águias?

Precisamos assumir o desafio de educar jovens para desenvolver o instinto da águia. A águia é um animal que voa acima das montanhas que desenvolve seus sentidos e habilidades, que aguça ouvidos, olhar e competência para ultrapassar os perigos, alçando vôo acima deles. É capaz, também, de afiar as suas garras para atacar o inimigo, no momento que julgar mais oportuno.

domingo, 13 de março de 2011

FilOsoFaR é PrEcIsO: Ao SaBoR do CrAvo E EscRaVo ChaMado DESTINO.


Quem já não ouviu falar dessa cantoria que os Portugueses sussurravam quando estavam no mar: Navegar é preciso/ viver não é preciso. Pois, é, fazendo um trocadilho direi que filosofar é preciso. Constantemente estamos mergulhados em conflitos, talvez seja a maneira de existirmos, essa inquietude nos abala e buscamos compreender esse o universo que cá estamos, será que tudo já está determinado? Somos livres? Somos atores de nossa própria existência? O que é o destino? Que tipo de destino é esse? Criado pelo ser humano ou para o ser humano ? Seja qual for a resposta vamos lembrar o que herdamos dos gregos e que foi assimilado pelos romanos, a seguir lá vai o relato mítico sobre O DESTINO.

O DESTINO

O destino era uma divindade cega. Inexorável, nascida da Noite e do Caos. Todas as outras divindades estavam subordinadas a seu poder. Os céus, a terra, o mar e os infernos faziam parte do império do Destino. O que ele resolvia era irrevogável. O Destino era por si mesmo essa fatalidade, segundo a qual tudo acontecia no mundo. Júpiter, o mais poderoso dos deuses, não pôde aplacar o Destino, nem a favor dos outros deuses nem a favor dos homens.

As leis do Destino eram escritas, desde o principio da Criação, num lugar em que os deuses pudessem consultá-las. Os ministros do Destino eram as três Parcas, encarregadas de executar suas ordens.

O Destino é representado assim: tem sob os pés o globo terrestre e agarra nas mãos a urna que encerra a sorte dos mortais. Dão-lhe também uma coroa recamada de estrelas e um cetro, símbolo de seu poder soberano. Para demonstrar que ele era inflexível, os antigos o representavam como uma roda que prende uma cadeia.

terça-feira, 8 de março de 2011

ChEirO de FloR de LarAnjEiRa: TeMpo ReI

PaRA FilOsoFar: Heráclito e Gilberto GiL

 Essa música nos remete ao pensamento de Heráclito de que tudo flui no mundo, o Sol é novo a cada dia. Tudo é fluxo, uma mudança permanente de todas as coisas, um constante vir - a -ser.
Para Heráclito, nada permanece o mesmo, nem por um instante. O que é hoje, amanhã não mais será. Gilberto Gil com sua sensibilidade traz de forma poetica a dialética do tempo, do mundo, chamando de    TeMPO REI.


foto de Rosinha Flô


       Não me iludo               
Tudo permanecerá
         Do jeito que tem sido    
 Transcorrendo
Transformando
Tempo e espaço navegando
Todos os sentidos...

Pães de Açúcar
Corcovados
Fustigados pela chuva
E pelo eterno vento...

Água mole
Pedra dura
Tanto bate
Que não restará
Nem pensamento...
Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo
Socorrei!...
Pensamento!
Mesmo o fundamento
Singular do ser humano

De um momento, para o outro
Poderá não mais fundar
Nem gregos, nem baia
   Mães zelosas
    Pais corujas
           Vejam como as águas
           De repente ficam sujas.
    Não se iludam
    Não me iludo
       Tudo agora mesmo
         Pode estar por um segundo...
                                                 
Tempo Rei!
 Oh Tempo Rei!
                                                                                                               
 Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo
Socorrei!...(2x)




sábado, 5 de março de 2011

ChEirO de ALmA FemiNiNa: As MarGaRidas,RosAs, HorTênCia

A importância social das mulheres enquanto seres que pensam foi e permanece sendo um desafio para que haja um equilíbrio no relacionamento homem/mulher.

A mitologia grega destaca as mulheres representando-as na figura de suas deusas: Ártemis, Atena, Afrodite, Deméter, Hera, Perséfone, Pandora e Gaia, ainda que a inteligência e o pensamento sejam simbolizados pela deusa Minerva (variante latina da deusa Atena), é importante realçar que esta veio ao mundo não através do corpo de sua mãe e sim da cabeça de seu pai, Zeus, o que evidencia desde o início que a mulher já não tinha nenhum valor.

Para a história combinar idéias, formar pensamentos, sempre foi julgado um direito pertinente aos homens, mas mesmo com tanta discriminação as mulheres conseguiram garantir uma pequena participação   na vida acadêmica.

Um dos poucos apontamentos históricos sobre o assunto foi a criação de um núcleo de formação intelectual somente para mulheres, educandário fundado por Safo, poetisa de Lesbos que nasceu em 625 a.C.

O pensamento que vigorava é o de que as mulheres somente tinham direito a um corpo e uma mente, porém não os dois ao mesmo tempo, pois desta forma a mulher nunca poderia gerar a razão.

- Na visão de Pitágoras a mulher era vista como um ser que se originou das trevas;

- Platão já detinha um pensamento diverso, as mulheres eram tão capazes de administrar quanto o homem, pois para ele quem governa tinha a obrigação de gerir a cidade-Estado se utilizando da razão e para Platão as mulheres detinham a mesma razão que os homens;

- Aristóteles via a mulher como um homem não completo, para ele todas as características herdadas pela criança já estavam presentes no sêmen do pai, cabendo a mulher somente a função de abrigar e fazer brotar o fruto que vinha do homem, idéia esta aceita e propagada na Idade Média;

- Para São Tomás de Aquino uma vez a mulher tendo sido moldada a partir das costelas de um homem sua alma tinha a mesma importância que a do homem, para ele no céu predomina igualdade de direitos entre os sexos, pois assim que se abandona o corpo desaparecem as diferenças de sexo passando a ser tudo uma coisa só.

- Para Hegel a altercação existente entre um homem e uma mulher é igual a que há entre um animal e uma planta, sendo que o animal se identifica mais com o jeito do homem e a planta se molda mais conforme o aspecto da mulher, pois seu progresso é mais pacato, deixando-se levar mais pelo sentimentalismo, se estiverem no comando o Estado corre perigo pois, segundo ele, elas não atuam de acordo com as exigências do agrupamento de pessoas que estão governando e sim conforme seu estado de espírito.

Todavia, embora a discriminação sofrida pelas mulheres no caminho da filosofia é notável que, ao longo da história da filosofia, certas mulheres se enfatizaram como criaturas humanas que procuraram pela sabedoria e trilharam os passos da ciência. No século XX há uma evidência especial a algumas filósofas importantes. Dentre elas, podemos citar Hannah Arendt, Simone Weil, Edith Stein, Mari Zambrano e Rosa Luxemburgo. Estas mulheres, contestando a ordem patriarcal de sua época, tornaram-se filósofas admiráveisl e, sem dúvida, colaboraram terminantemente para a constituição do conhecimento.

  Para Filosofar: Gabriel Chalita, by Rosinha Flô




terça-feira, 1 de março de 2011

ChEiro de MaNjeRicão CoM ALhO: QuEm é DefiCienTe?

Vejam só como Mario Quintana brinca com a palavra Deficiente, como ele a conceitua poeticamente fazendo-nos refletir acerca de quem é realmente deficiente.

DEFICIÊNCIAS 

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

Mario Quintana