TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

domingo, 12 de setembro de 2010

CHeiRo, CoR e ImAgEM: "TudO que é SóliDo se DesmanChA no Ar"



É fantástico como os filósofos se apropriavam de metáforas criando imagens usando esse recurso da literatura para servir a filosofia nos levando a filosofar. Quando Marx disse que: “Tudo que é sólido se desmancha no ar” provavelmente instigou a quietude daqueles que acreditavam nas coisas permanentes, estáticas e aparentemente sólidas. Pois, para alguns o que é sólido não se desmancha no ar. Segundo o Filósofo Paulo Ghiraldelli Jr essa frase é do Manifesto Comunista (1848) foi cantada aos quatro ventos em todos os continentes. Ela foi cunhada pela genialidade literária de Marx para caracterizar a modernidade, para mostrar como que os então denominados “os burgueses” haviam mudado a face do mundo, e que aquele mundo em que ele pisava já era o produto da poeira do que havia sido considerado sólido. Os próprios “burgueses” não haviam se dado conta de que haviam movido o mundo de um modo perigosamente irreversível, e que as revoluções que apoiaram, com fé ou a contragosto, poderiam não parar mais. E isso valia, na mente de Marx, para o sólido literal e o sólido metafórico. Idéias sólidas teriam tanta precariedade quanto às coisas materiais sólidas. Se remetermos aos dias de hoje podemos constatar a poeira daquilo que já tinha sido sólido como: os relacionamentos, o papel da família, os valores, as questões ambientais, a função da Escola , o Estado, a função da política, a Religião e tantas outras idéias, instituições que estão se desmanchando no ar como uma bolha de sabão ou como uma flor do campo, Marx tinha razão.



Um comentário:

  1. Muito bom o texto, se me permites irei republicá-lo me meu site, obviamente com os devidos créditos.
    Abraço, grazi http://grazaza.blogspot.com/

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