TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

sábado, 18 de setembro de 2010

O oDor, A DoR , A cOr e o SaBoR: PoLíTiCa - EspeTácULo e PoDeR

Tenho me exorcizando para pensar com clareza, normalmente consigo. Mas, diante do espetáculo pré-eleitoral minha razão entra em colapso. Minhas idéias são surrupiadas. Subitamente me exorcizo, invoco, em meu socorro por aqueles que pensaram racionalmente sobre a política: Platão, Aristóteles, Maquiavel e tantos outros. Homens com idéias maravilhosas. Mas, não me socorre, o que acontece no nosso país está muito além da imaginação, do bem e do mal. O que me leva a concordar com Rubem Alves que a nossa política não pode ser entendida com cabeça de filósofo, mas sim com cabeça de Bufão. E isso George Orwell fez muito bem quando chegou semelhante conclusão e escreveu o livro: A revolução dos bichos. Assim, nessa perfeita insanas visões sobre política tenho que admitir que os tais políticos profissionais antes de ser o que são foram cidadãos comuns, muitos são pais, mães, avós, filhos, amigos, namorados, amantes, profissionais de diversas áreas e convivem normalmente conosco o que é mais grave, pois a qualquer momento podemos ser seduzidas(os) por eles ou elas. Então, me pego constantemente naquela tão chamada dúvida Socrática e de posse do exercício da maiêutica passo a perceber a síndrome psicopáticas e de prostitutos de valores invertidos estampados na carne do cidadão comum, dito do bem se metamorfoseando em político profissional como um belo Camaleão ou uma linda borboleta . Um “Ser” a ser seguido, imitado. São indivíduos que clamam por justiça, rotam ética, são imbuídos de espíritos coletivos e de princípios de alteridade, são inteligentes e estrategistas, muitos parecem ser justos. Em meio a esse teatro que culmina com espetáculo e poder, sedução e tal feitiço me faz indagar qual é a relação entre política, estética e ética? Política e casamento? Política e religião? Política e família? Política e escola?. Tenho tentado e estou aprendendo a ser “Ser Humano” francamente não tem sido fácil, quando a experiência me aponta e a teoria me diz que não há como se tornar um ser humano sem conviver, relacionar. A convivência com valores éticos, morais, estético sociais... isso nos torna humanos. Infelizmente na sociedade atual, as pessoas que pautam sua vida por princípios de vida consistentes e por valores são cada vez mais raras. Necessitamos de homens e mulheres que verdadeiramente sejam exemplos de vida que auxiliem nesta difícil tarefa. Segundo a concepção de Piaget, reforçada por Edgar Morin, os estágios evolutivos da consciência moral são: anomia, heteronomia, socionomia e autonomia. A anomia se caracteriza pela ausência total de leis. O indivíduo age meramente por prazer, fugindo de qualquer perspectiva de dor. A heteronomia já acontece o reconhecimento da lei no outro, que pode ser o pai, o professor... o respeito á regra se dá por medo da punição. No estágio socionômico manda o grupo, que define a regra de sobrivivência nele (fase adolescente) Finalmente o estágio da autonomia, auge da consciência moral madura, que se reflete na assunção da lei como necessária e fundamental na construção da personalidade e da relação social positiva. Entre nós, muitos adultos do ponto de vista moral ainda se situam na anomia e vivem entre o espetáculo e o poder da arte da politicagem é por essas e outras configurações da representação desse mundo que ora e outra sinto uma inquietação, caio, enrolo a perguntar:: Será que um mundo melhor é possível?








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