TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

domingo, 17 de outubro de 2010

SaBoR de MeL cOM LiMão: AvATaR EColóGico

“Há algo de estranho e admirável no mundo, o surgimento do Avatar da contemporaneidade, ou seja, o discurso da mídia em relação as questões ecológicas”. A visão de um admirável mundo novo; em nenhum momento da história o discurso ambiental esteve tão em evidência aos olhos da civilização humana. Essa civilização que ao longo do tempo manteve uma relação com a Terra de exploração exacerbada, indo além da retirada para sua existência material, cultural e simbólica. Nesse admirável mundo novo os discursos se materializaram, corporificaram, circulam, são ideologicamente construídos, marcados por uma historicidade e silenciosamente sempre apontando em direção a vários movimentos de sentidos. Palavras, tais como: ecologia, sustentabilidade, economia solidária, selo verde, fazem parte desse jogo simbólico de poder, de multiplicidades de sentidos, do dito e do não dito que disseminado pela mídia vão criando a falsa ilusão que num mundo capitalista a relação entre a natureza e ser humano é uma unidade possível como se dependesse de um pequeno manual ecológico, siga as instruções. Desconstruir essa idéia que a mídia veicula de forma ingênua e piegas é o que predisponho analisar, problematizando o discurso ambiental de um admirável mundo novo ecologicamente correto como se fosse possível apenas com atitudes e conselhos como: amor pelos animais e plantas, use protetor solar, compre materiais recicláveis, não desperdice água, apague a luz quando sair e tantos outros manuais de sobrevivência que circulam na sociedade. Todas essas sugestões são boas e aceitáveis e ás vezes necessárias, porém perder de vista o cerne ecológico, isto é: a historicidade dos movimentos ecológicas torna impossível compreender a serviço de quem os discursos veiculados pela mídia apontam, bem como da importância dos movimentos sociais em determinado momento da história. Desmascarar o discurso da maquiagem verde de selo verde construido nesse século, de sustentabilidade, é provocar inquietações questionando se esses discursos advêm de atitudes ética ou econômicas?

Um comentário:

  1. Sempre que leio as coisas que vc escreve só consigo pensar que desperdício é não ter em instituições de ensino superior, obviamente que sua contribuição na educação básica é maravilhosa, mas creio que o ensino superior precise de pessoas como vc, cheia de boas idéias e boa vontade pra fazer um mundo melhor.
    Gosto muito das coisas que vc escrever e torço muito pra que esse texto vire seu projeto de mestrado, na verdade, mestre vc já é, só falta o título.rs.
    Bjus

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