TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

domingo, 3 de abril de 2011

FiLoSoFaR: O (Des) sAbOr Da MaÇA

FILOSOFAR PARA VER E VIVER MELHOR


Segundo Platão e Aristóteles, nós principiamos a filosofar a partir do momento em que vivenciamos uma experiência de espanto, estranhamento diante da realidade. Este estranhamento nos permite ver o quanto é surpreendente, admirável o mundo, a vida, os fenômenos todos do universo. Descobrimos que as coisas não são assim porque são simplesmente , nada é tão óbvio, e o que chamamos de óbvio é apenas aquilo em que nós paramos de pensar.

O estranhamento, admiração que inaugura o filosofar em nossas vidas nos faz ver os limites do nosso próprio conhecimento. Ao saber que nada sabemos, passamos a questionar, investigar a realidade e passamos a repensar o mundo e as nossas vidas. Assim como na Alegoria da Caverna de Platão, o filosofar quer a superação de uma cegueira. Esta cegueira daquele que pensa o que ele sabe é tudo o que há para saber. Não há cegueira maior do que pensarmos que sabemos tudo. Aquele que pensa que sabe tudo vive em estado de ignorância e em uma relação ingênua com o mundo.

Apropriando-me  de falas do senso comum e poético digo: Não há como saber o gosto de uma maçã sem saboreá-la. Assim não há como compreender a significação das palavras saudade, amor, amizade e tantas outras, sem tais experiências que podem ampliar a significação destes termos. Quando relacionamos conhecimento e experiência, as idéias se ligam com a vida,pois não se trata apenas de explicar através  das palavras   definições, o que poderia não ter nada significativo. O mesmo ocorre com o filosofar: Para compreendê-lo precisamos retornar á experiências que está em sua origem. Para vivenciar, cada um ao seu modo, a admiração diante da realidade.


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