TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

domingo, 16 de outubro de 2011

Ao saBor dA ViDa: QuAntO tEmpO se LevA pArA SeR o qUe é?

                                                Quanto tempo se leva para ser o que é?



A cada manhã quando abro a janela do meu quarto o sol com  intensos raios penetram em mim e nos mais seres viventes, lentamente me revisto das sábias palavras de Sócrates: “só sei que nada sei,” respiro e inspiro ! Inebriada por essas palavras entre um caminho e outros, uma rosa e um espinho, um amor e uma dor, vou tentando compreender-me. Desenrolando assim aos poucos a compreensão a respeito do outro. Pensar que sou o outro e o outro sou eu se constituindo por mim e em mim chega a ser extasiante nas belas manhãs ensolarada.

É duro e árduo tentar compreender a própria razão do existir, é um processo dolorido, sangrento. Assim, jogada entre as vísceras e as vicissitudes da vida alinhavada no ontem e no amanhã vejo com grandeza sublime ser um ser inacabado,pois, há sempre como recomeçar. Recomeçar é o fim do começo e o começo de um fim, então, talvez, o melhor está por vir ou não. Como uma faca amolada cortante, procuro extirpar lembranças e lembranças; fecho os olhos para lembrar que tudo é somente vaidades e vaidades. Ouço vozes murmurando dentro de mim como uma luz dizendo que quando se têm os olhos com sede do horizonte é preciso esvaziar-se das verdades construídas, despir-se, provocar a nudeza do mundo , o melhor ainda, é preciso se perder nas perguntas, na inquietude da existência. Sabido é se há algo que paraliza o mundo são as respostas. Entretanto, se de todo doce a vida assim fosse eu não seria o que estou me fazendo, não é? Uma nuvem paira diante dos meus olhos e cresce uma enorme vontade de querer que tudo acabe em nuvens para nelas eu me deitar com um jeito leve, macio e branco. Lembro-me de Nietzsche quando perguntava: Quanto tempo se leva a ser o que é? Quanto tempo dura a felicidade? Recorro a Sócrates para dizer conheça-te- a ti mesmo e conhecerá o universo, pois a respostas das coisas não estão nas coisas em si, estão dentro de ti assim a vida escorre como águas do rio. Subidamente fecho a janela do quarto já aquecida pelo os raios do sol volto a estar no mundo e com o mundo, esvaziada, e um novo dia bate por aqui a espera de uma construção de instante a instante e por assim só viver. Bom dia!! Vida!

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