TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ChEirO da FLoR do DiA: MuDrAs



No Ocidente, o gesto de unir as mãos, acompanha a oração do crente que agradece, louva, procura ajuda ou pede perdão de seu deus. O gesto de Jesus falando, em que o polegar, o indicador e o dedo médio estão esticados e o anular e o dedo mínimo tocam a palma da mão, é chamado de gesto do Logos, simbolizando Cristo como filósofo. Mais tarde, a Igreja passou a utilizar este sinal como referente à autoridade do dogma cristão.



De um modo geral, o número de movimentos de que as mãos são capazes de executar é quase tão grande como o das palavras. Montaigne, no século XVI escreveria: "e quanto às mãos? Pedimos, prometemos, chamamos, despedimos, ameaçamos, rezamos, suplicamos, negamos, recusamos, interrogamos, admiramos, nomeamos, confessamos, arrependemos-nos, tememos, envergonhamo-nos, duvidamos, instruímos, ordenamos, incitamos, encorajamos, juramos, testemunhamos, acusamos, condenamos, absolvemos, injuriamos, desprezamos, desafiamos, desapontamos, lisonjeamos, aplaudimos, abençoamos, humilhamos, zombamos, reconciliamos, recomendamos, exaltamos, festejamos, celebramos, lamentamos, [...] calamos; e o que [mais] não?" (Montaigne (Ensaios II, XII)). As mãos servem ainda como elemento que difere os homens dos animais, como instrumento de trabalho, dotado da capacidade de construir coisas.

by Marilia Nogueira é mestre e professora de História, com interesse em culturas antigas e sociedades do oriente, particularmente em seus mitos, ritos e símbolos.




Nenhum comentário:

Postar um comentário