TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

sábado, 1 de outubro de 2011

TeMpeRânÇa Da ALMa: O LugAr das Memórias

A Persistência da Memória, 1931, de Salvador Dali

Vasculhando as minhas leituras deparei-me com o filósofo Henri Bergson, conhecido por ter sido ele abordar o conceito de intuição no centro da filosofia enfrentando os dogmatismos reinantes na primeira metade do século 20. Bem, essa será outra prosa que teremos. Hoje quero falar mesmo sobre o pensar desse filósofo especificamente a respeito do  lugar das memórias. Para Bergson há dois tipos de memória: a chamada “memória repetição” – e a “memória pura”, ontológica. A primeira diz respeito á matéria corporal, á retenção e reprodução do passado; é psicológica. A segunda se refere a essência da própria consciência, ao ser dela como memória.

Nesse sentido, é a própria consciência enquanto continuidade indivisível. Assim, a memória se exerce sobre um fundo ontológico, que lhe dá sentido e significação. Na “memória pura” coexiste passado e presente enquanto duração, ambos igualmente reais, um virtual, outro atual. Ela atualiza no real o ser do que é virtual. O passado não existe apenas na consciência, mas como virtualidade da duração. O virtual não é possível: enquanto o possível pode tornar-se real. – e muitos possíveis nunca se tornam de fato reais – o virtual já é o real. O que ele precisa é atualizar-se. Parece complicado isso, não? Coisas de filósofos.

O real – atual e virtual- está em movimento. Ele difere de si mesmo, é diferença, devir. A duração é modo de ser de sua temporalidade. E esta é – muito mais do que a espacialidade – o modo de ser do real. Assim, a duração é o modo de ser do real. Na medida em que difere de si. Bergson argumenta que o filosofar requer certa experiência do tempo que é também uma intuição da duração: exige sentir o tempo não como uma descontinuidade de momentos consecutivos em linha infinitamente divisível, mas como uma duração que flui de forma continua e indivisível. Assim, o espírito filosófico percebe o tempo como devir, movimento que se prolonga por si. Bergson recusa as visões teológicas segundo as quais o mundo tem um fim e que cada coisa nele está disposta para alcançá-lo. Ao contrário, o mundo é sempre produto de um grande esforço para vencer os limites do hábito e do automatismo. Há como fundo, um movimento essencial que dá a vida, um impulso vital que a transmite aos que passam por ela. A vida cresce e cria, constantemente, novas formas de existência. Se você gosto do pensar de Bergson com certeza um novo olhar terá sobre a vida, um novo sentido é cobrado. Discutindo filosofia, Walter Kohan by Rosinha flô

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