TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

sábado, 6 de novembro de 2010

ChocoLatE CoM PiMeNta: O ENCONTRO

Ontem estive contigo. Hoje trago na memória o vivido e passo a refletir sobre esse encontro e outros tantos que já tive. Chove lá fora e aqui dentro de mim, estou encharcada de sentimentos de um tempo que já se foi. Tenho os olhos de estrelas, luz de raios de sol, aconchego e sensualidade da lua, sentimentos de ventos e o desejo de viver como uma imensidão de um céu, calado, espantoso e misterioso. Sinto-me como um pássaro preso na gaiola, acorrentada por esse sentimento que eu nem mesmo sei por quê. Os encontros me instigam sempre me instigarão. Tenho comigo que sempre estou além da presença de um corpo físico e me faz ver, sentir coisas que imprimem na minha alma uma tatuagem como marcas de um tempo. Tenho um pedaço de ti dentro de mim e não é questão de gênero e sim: humano demasiadamente humano. Não sei o porquê dos encontramos, e para quê? O que sei, se, é que sei, e me custa acreditar em determinadas explicações dos encontros entre os humanos, mas não me custa duvidar de tudo, e assim posso criar o mundo das possibilidades, dos mistérios que nos cercam. ““ Na minha vã filosofia não basta encontrar é necessário pensar sobre, na intenção talvez de fazê-lo ter sentido, então, me lembro das palavras de Sócrates:” Uma vida que não é examinada não merece ser vivida” examinar, vivê-la banhar-se nesse mar de dores e alegrias que é essa vida efêmera e talvez a caminho de lugar algum do nada. Se, por ora nos auto flagelamos, nos apunhalamos, e o sangue escorre pelos olhos e tudo escurece como dizia um poeta “as coisas muito claras me noturnam” (Manoel de Barros) nos perdemos, descontrolamos, a clareza do dia, a escuridão da noite, a escuridão do dia e a clareza da noite tudo se mistura, nesse mesmo instante exalamos o cheiro da nossa alma para que com ela saiamos de braços dados e só depois sorrir. Choramos, sorrimos, cantamos, descontrolamos, amamos, odiamos, nos encontramos. Onde está a beleza do encontro? No humano diante do humano, na presença e ausência dos muitos EUS em Nós, na espiritualidade das coisas que queremos ser e não somos o que não somos deixamos escapar e demonstramos ser, na mansidão das coisas muito claras, mas que nos noturnam. Na beleza de um toque, de um sussurro, um afago, de uma lágrima, um sorriso, que seja por um segundo, minuto, mas que se arrasta pela eternidade. De humano para humano, da dor, do amor e da sensibilidade de sermos o que somos ou pensamos ser.



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