TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Flor de CrAvo e CanELa: POETA

O POETA
             por Márcio Vassalo

O silêncio é o despertador da poesia. Então, quando os poetas escrevem, mais quietos que onça na caçada, a palavra se espreguiça toda, levanta da cama, e amanhece.
Mas com Manoel de Barros a poesia dorme na terra, no chão, em galho de árvore. E fica virando de um lado para o outro a alma da gente. Numa dessas reviradas, o próprio Manoel escreve: "o que dá grandeza a um poeta não é o assunto que ele usa, mas a maneira com que trata o assunto. Na realidade, o que dá grandeza ao Manoel é o modo como ele acha boniteza em tudo quanto coisa miúda. Afinal, Manoel de Barros pega infinito em antena de mosca, colhe flor lascada na pedra, faz buquê de caramujos, pisa em lamas lapidadas, entorta paisagens só para o amor caber nelas.
Bem, a verdade é que os poemas do Manoel não são para ninguém entender, como ele mesmo já disse. São para a gente esfregar nos olhos, espreguiçar e despertar mais feliz. Enfim, quando o Manoel escreve, a poesia acorda arrepiada de sol, mas quem amanhece é o leitor.

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