TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

PiRuLiTanDo o DoCe E AmArGo JeiTo De SEr

Richard Bach, em  seu  livro Fernão Capelo Gaivota, nos diz: “E no meio do Aqui e Agora, não acha que podemos, nos encontrar de vez quando?” pois é, aqui estou , mais um ano trazendo um texto para filosofar. Um texto escrito por Hardy Guedes, sempre quando  o leio me transporto e imagino essa dualidade do ser, o encanto do “SER” e vou me revelando através desse auto-retrato do personagem:   João  oito ou oitenta.
JOÃO OITO E OITENTA.
Meu nome é João.
João Bezerra Cordeiro.
Bezerra da minha mãe,
Cordeiro do meu pai.
Poderia ser Carlos, Fernando ou Márcio.
Mas, sou João.
Acho até que tenho cara de João,
Jeito de João, “pinta de João”.
Talvez, até, por ser vários Joões no mesmo João.
É que eu , ás vezes, sou João da Paz.
E , ás vezes, João Guerra.
Sou o mesmo que cala e o mesmo que berra.
Sou quem fala de amor e quem faz a batalha.
João Luva de Pelíca.
João Fio de Navalha.

Eu, ás vezes, sou prosa
E, ás vezes, modesto.
Tanto sou calmaria, como tempestade.
João oito ou oitenta.
Não me serve metade.

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