TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

domingo, 29 de maio de 2011

ArOmAs e ErVas: AutORidAdE do MitO

O mito é uma história religiosa revelada com autoridade supostamente indiscutível. O passado é descrito como as tradições que não admitem nenhuma crítica: “É assim, porque foi dito que é assim”. O texto a seguir nos fala um pouco sobre isso.

O mito conta uma história sagrada, quer dizer, um acontecimento primordial que teve lugar no começo do Tempo, ab initio (desde o início). Mas contar uma história sagrada equivale a revelar um Mistério, porque as personagens do mito não são seres humanos: são Deuses ou Heróis civilizadores , e por essa razão as suas gestas( ações memoráveis) constituem Mistérios: o homem não poderia conhecê-los se lhos revelassem. O mito é, pois a história do que passou in illo tempore (naquele tempo), a narração daquilo que os Deuses e os Seres divinos fizeram no começo do Tempo. “Dizer” um mito é proclamar o que passou ab origine( desde a origem) Uma vez, dito quer dizer, revelado, o mito torna-se verdade apodítica: funda a verdade absoluta. É assim, porque foi dito que é assim; declaram os Eskimó netsillik (tribo de esquimós) a fim de justificarem a vaidade da sua história sagrada e de suas tradições religiosas.

                                                                                                        Mircea Eliade by Rosinha Flô

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