TEMPEROS DA ALMA

Segundo Sartre, o poeta sente as palavras ou frases como coisas e não como sinais, a sua obra como um fim e não como meio, mas como uma arma em combate. Nietzsche , buscou na arte uma aprendizagem para Filosofia, mais ainda: uma experiência de vida em plenitude. Assim, por acreditar que há uma cumplicidade entre Arte e Filosofia que ambas são janelas através das quais podemos vislumbrar outras possibilidades para o pensar, analisar, comparar, conceituar e provocar mudança de atitude diante do que a vida tem de diferente .Além disso a Filosofia e a Arte provocam uma ação de desnudamento da ética e estética acordando palavras adormecidas, desencantando , encantando outras tantas palavras ditas e mal ditas. Mergulhada sobre a égide da minha própria existência como uma obra de arte em construção, da capacidade de ver no outro um outro de mim mesma e como alguém que usa da mística de encantar tornando mágico o existir lançando de outros olhares para Filosofar; compreender e viver melhor ! bem, essas foram as razões que me impulsionaram a criar esse espaço. Entre!! aqui é a nossa ágora. Traga o teu tempero: sal, alho, cravo,canela, cominho, mel, limão, gengibre ,colorau, cebola , camomila, gengibre, flores, cores, sabores , perfumes para Filosofar, Poetizar...Explicar o inexplicável, no explicável se perder para se achar,há em todos a loucura de cada um Ah! Vejo flores em você! Flor do Cerrado

terça-feira, 17 de maio de 2011

O Gosto Ardente da CeboLa: A nAtuReZa do hOmEm

                                             A herança iluminista e a crítica romântica


Esse o subtítulo de um capitulo do livro Antropologia e Educação produzido pelos autores Gilmar Rosa e Sandra P. Tosta aqui fazem um metáfora para ilustrar como o homem era visto enquanto objeto de estudo, segundo eles como se fosse uma espécie de “cebola” que pudesse ser destacada e sob cada fina camada retirada se descobrisse um nível mais profundo do que o homem é. No nível mais profundo, reside o biológico, no mais superficial, o cultural. E ao final, a visão do homem como uma só peça da natureza antes promover uma interação com a cultura aumenta a distância entre elas, exatamente porque vê o homem um ser estratificado composto de níveis diferenciados e pouco interligados, integrados”organicamente”. Assim, na corrente iluminista seriam aprofundadas as distinções entre o sujeito e o objeto do conhecimento, a natureza e a cultura, com base no triunfo do racionalismo científico. Vejamos quais são as bases do pensamento iluminista descritas pelo autores:

1. O homem não é naturalmente depravado;
2. A boa vida na Terra pode ser não só definida mas também alcançada;
3. A razão é o instrumento supremo do homem;
4. O conhecimento libertará o homem da ignorância, da superstição e dos males sociais;
5. O universo é ordenado;
6. Essa ordem do universo pode ser descoberta pelo homem e expressa por meio de quantidade e relações matemáticas;
7. Embora haja muitas maneiras de perceber a natureza, como , por exemplo, a arte, a poesia, a música, etc.., só a ciência pode chegar à verdade, que permitirá ao dominar a natureza;
8. A observação e a experimentação são os únicos meios válidos de descobrir a ordem da natureza;
9. Os fatos da observação são independentes do observador;
10. As qualidades secundárias não são suscetíveis de medida e, por isso, não são reais.
11. Todas as coisas da Terra são para o uso do homem;
12. A ciência é neutra, livre de valores e independentes da moralidade e da ética(Schwartz apud Morais, 1988, p 40-41)

Finalmente pensar que a busca iluminista da natureza (imutável) do Homem estão sob bases falaciosas é tentar compreender a construção do processo desse longo ou curto caminho da nossa existência ,  bem como indagar cotidianamente quais idéias iluministas podemos tomar como verdade absoluta? Essas idéias estão presentes nos discursos da sociedade vigente?

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